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Indicadores internacionais mostram melhora na situação econômica

(Foto: Shutterstock)

Na madrugada desta quinta-feira (28), o Congresso do Povo Chinês aprovou a implementação da nova lei de segurança em Hong Kong. A notícia não surpreendeu ninguém, pois em um regime de partido único, o parlamento funciona apenas como um sancionador das decisões do Executivo. Para os 7,45 milhões de moradores da região semiautônoma, isso pode significar o fim de liberdades políticas e, principalmente, econômicas. Hong Kong tem muitos ricos. A estimativa dos recursos depositados em seus bancos de investimento é de um US$ trilhão, mais ou menos o total da indústria de fundos brasileira, que reúne as economias de uma população 28 vezes maior. E boa parte desse dinheiro deverá migrar, procurando locais com governos menos curiosos.

Tirando esses incomodados, no fim de maio ninguém resolveu se importar com o que ocorre na China, ao contrário do que ocorria há alguns meses. Nesta madrugada, as principais bolsas da Ásia fecharam em alta. Mesmo em Hong Kong a queda – que já era esperada – foi modesta, de apenas 0,7%. O que interessa mesmo aos investidores são as notícias de reabertura das economias e as medidas de estímulo decididas pelos bancos centrais.

Os indicadores internacionais mostram uma melhora da situação econômica. Nos Estados Unidos, o número de pedidos iniciais de seguro-desemprego na semana encerrada em 23 de maio foi de R$ 2,123 milhões, queda de 323 mil em relação ao nível revisado da semana anterior, que havia sido de R$ 2,446 milhões. A taxa de desemprego caiu 2,6 pontos percentuais, para 14,5%.

Como são abundantes os sinais de que a economia está lentamente voltando ao normal e que os governos não vão economizar dinheiro para sustentar a retomada, mesmo a tensão entre Pequim e Hong Kong e o aquecimento da retórica entre Xi Jinping e Donald Trump devem ter um efeito menos significativo sobre o comportamento do mercado.

Desemprego

A taxa de desocupação subiu para 12,6% no trimestre encerrado em abril, ante 11,2% no trimestre encerrado em janeiro. Essa variação significa que o número de desempregados aumentou em 898 mil pessoas, chegando a 12,8 milhões, informou nesta quinta-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que divulgou a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua).

Segundo o IBGE, o indicador reflete os efeitos da pandemia de Covid 19 no mercado de trabalho. A população ocupada teve uma queda recorde de 5,2% em relação ao trimestre encerrado em janeiro, representando uma perda de 4,9 milhões de postos de trabalho, que foram reduzidos a 89,2 milhões.

Inflação

O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) subiu 0,28 por cento em maio, abaixo dos 0,80% de abril. O IGP-M acumula alta de 2,79% no ano e de 6,51% em 12 meses. O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) subiu 0,59% em maio ante 1,12% em abril. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) registrou uma deflação de 0,60% em maio, após subir 0,13% em abril, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV). Em maio de 2019, o índice havia subido 0,45% e acumulava alta de 7,64% em 12 meses. A desaceleração decorreu do reajuste menor nos preços dos alimentos, que subiram 0,37% em maio ante 2,81% em abril.

A FGV também divulgou uma alta no Índice de Confiança de Serviços (ICS), que subiu 9,4 pontos em maio, para 60,5 pontos. Em abril, ao cair a 51,1, o ICS havia atingido o menor nível da série histórica iniciada em junho de 2008. Apesar da alta, o índice recupera apenas 21,7% das perdas sofridas nos últimos dois meses.

Houve variação positiva do ICS nos 13 segmentos pesquisados, com uma acomodação das avaliações sobre o momento atual e recuperação parcial das expectativas em relação aos próximos meses.

Mercados

Os contratos futuros do S&P 500 estão em leve alta de manhã devido aos números positivos do seguro-desemprego americano. Os contratos futuros de Ibovespa, porém, começam o dia em queda. Espera-se uma sessão com volatilidade e perspectiva de realização dos lucros dos últimos pregoes, mas a tendência geral é positiva, seguindo o mercado internacional

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