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Mercados internacionais: Tensão EUA-China, possível vacina e reabertura econômica ditam Bolsas

(Foto: Shutterstock)

As Bolsas da Ásia fecharam sem direção única nesta quarta-feira, 27, à medida que investidores monitoram crescentes tensões entre Estados Unidos e China, que têm Hong Kong como foco desde a semana passada, e, ao mesmo tempo, esforços de reabertura econômica em vários países, na esteira do choque do coronavírus, e a possibilidade de que surja um tratamento para a doença.

Na última terça-feira, 26, o presidente dos EUA, Donald Trump, disse que discutirá a aplicação de possíveis sanções à China nos próximos dias e que fará um anúncio a respeito até o fim da semana, após Pequim ameaçar na semana passada impor uma nova lei de segurança nacional em Hong Kong.

Se a China for adiante com seu plano para Hong Kong, os EUA poderão adotar controles sobre transações e congelar ativos de autoridades e empresas chinesas, segundo fontes da Bloomberg.

Com incertezas pairando no ar, ficou em segundo plano um indicador de lucro industrial chinês, que sofreu queda anual bem mais amena em abril, de 4,3%, após despencar 34,9% em março em meio aos efeitos do coronavírus.

Algumas Bolsas asiáticas, no entanto, se valorizaram nesta quarta-feira, uma vez que economias da região e de outras partes do mundo continuam revertendo medidas de quarentena motivadas pelo coronavírus e crescem as chances de que seja desenvolvida uma vacina para a covid-19.

A empresa americana de desenvolvimento de vacinas Novavax informou na segunda-feira, 25, que começará o primeiro estudo em humanos de sua vacina experimental contra a covid-19. A vacina é uma de pelo menos dez que estão atualmente sendo testados em pessoas no mundo todo.

A companhia declarou que planeja inscrever no estudo cerca de 130 pessoas saudáveis, com idades entre 18 e 59 anos, em dois locais da Austrália. Segundo a Novavax, os primeiros resultados devem sair em julho e mostrarão se a vacina é segura e desencadeia respostas imunes nos participantes.

Bolsas da Ásia
Na China continental, o índice Xangai Composto recuou 0,34% hoje, a 2.836,80 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto caiu 0,86%, a 1.774,22 pontos. Já o Hang Seng cedeu 0,36% em Hong Kong, a 23.301,36 pontos.

O japonês Nikkei subiu 0,70% em Tóquio, a 21.419,23 pontos, impulsionado por ações financeiras, enquanto o sul-coreano Kospi teve alta marginal de 0,07% em Seul, a 2.031,20 pontos, e o Taiex exibiu leve ganho de 0,16% em Taiwan, a 11.014,66 pontos.

Na Oceania, a Bolsa australiana ficou praticamente estável, após um pregão volátil. O S&P/ASX 200 registrou ligeira baixa de 0,09% em Sydney, a 5.775,00 pontos.

Bolsas da Europa
As Bolsas europeias abriram o pregão desta quarta-feira em alta, mantendo o foco nos esforços de reabertura econômica após o choque do coronavírus e expectativas de que surja uma vacina para a doença, apesar de tensões entre EUA e China. Às 4h05, no horário de Brasília, a Bolsa de Londres subia 0,60%, a de Frankfurt avançava 0,39% e a de Paris se valorizava 0,58%. Já em Milão, Madri e Lisboa, os ganhos eram de 0,22%, 0,85% e 0,39%, respectivamente.

Petróleo
Os contratos futuros do petróleo operam em baixa na madrugada desta quarta-feira, revertendo o movimento de valorização de ontem, em meio a tensões entre EUA e China e dúvidas sobre a recuperação da demanda pela commodity à medida que a crise do coronavírus for superada. Às 4h18 (de Brasília), o barril do petróleo WTI para julho caía 1,66% na Nymex, a US$ 33,78, enquanto o do Brent para agosto recuava 1,77% na ICE, a US$ 36,09.

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