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Mercado atento a ataques de Trump e dados positivos na Europa

(Foto: Divulgação)

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disparou novos ataques contra a China. Na quarta-feira (20) a Casa Branca divulgou relatório de 20 páginas culpando Pequim por “atividades malignas”. O texto critica políticas econômicas, regime militar, violação de direitos humanos e práticas de desinformação do governo chinês.

Trump está menos preocupado com a situação dos direitos chineses, e mais tenso com as eleições presidenciais americanas marcadas para novembro. Pesquisas indicam que Joe Biden, o provável candidato democrata, tem cerca de 50% das intenções de voto, ao passo que Trump, já confirmado como candidato republicano, tem 39% da preferência do eleitorado.

As eleições ainda estão longe. Há vários problemas no caminho – além da pandemia, a disputa comercial com a China não dá mostras de estar acabando – mas Trump já está em campanha. Daí as declarações apimentadas. No entanto, elas arrefeceram parte das altas dos últimos dias. Nesta manhã, tanto os contratos futuros do índice americano S&P 500 quanto os contratos futuros do Ibovespa estão iniciando os negócios com leve baixa.

Se no curto prazo o movimento do mercado é de incerteza, a médio prazo é possível esperar uma melhora. Um importante indicador antecedente, o Índice dos Gerentes de Compras, mais conhecido pelo nome em inglês Purchasing Managers Index (PMI), mostrou sinais de recuperação na Europa.

O PMI é um índice clássico e seu método é simples. Os pesquisadores questionam os gerentes de compras de empresas de grande porte e perguntam se eles pretendem comprar mais, menos ou a mesma quantidade no mês seguinte. A conclusão de que as companhias pretendem comprar mais é um importante indicador de dias melhores à frente na economia.

Foi o que ocorreu nesta quinta-feira (21). Os índices de gerentes de compras da Zona do Euro, da Alemanha e do Reino Unido mostraram resultados melhores do que os esperados. O PMI composto da Zona do Euro subiu da mínima histórica de 13,6 em abril para 30,5 em maio. Na Alemanha, a alta foi de 17,4 em abril para 31,4 em maio, e no Reino Unido o índice subiu de 13,8 em abril para 28,9 em maio.

Esse aumento da confiança estendeu-se também ao Brasil. Segundo a Fundação Getulio Vargas, a prévia da Sondagem da Indústria de maio de 2020 sinaliza avanço de 2,4 pontos do Índice de Confiança da Indústria (ICI) em relação aos 60,6 pontos de abril

Seguro-desemprego

Os pedidos iniciais de seguro-desemprego dos Estados Unidos voltaram a cair e recuaram para 2,438 milhões de pedidos na semana encerrada em 16 de maio. Foi uma queda de 249 mil pedidos em relação à semana anterior, informou o Departamento do Trabalho americano. O indicador da semana anterior foi revisado para baixo, recuando de 2,981 milhões de pedidos para 2,687 milhões, uma queda de 294 mil pedidos.

O cenário de médio prazo é de uma retomada da confiança, mas esse caminho está longe de ser suave e previsível. Ao contrário, os movimentos do mercado tendem a permanecer com volatilidade no curto prazo. Nesta quinta-feira (21), as declarações de Trump estão motivando uma realização das altas dos últimos pregões. Por outro lado, os dados positivos comentados anteriormente devem prevalecer. Neste cenário, o dia começará com uma leve alta por aqui.

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