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Em meio a dados econômicos e tensão EUA-China, mercados internacionais têm manhã em queda

(Foto: Divulgação)

As principais Bolsas asiáticas fecharam em baixa nesta quinta-feira, 21, com investidores atentos ao noticiário sobre o coronavírus e receosos com persistentes tensões entre Estados Unidos e China.

O apetite por risco é limitado pelo clima negativo entre as duas maiores economias do mundo, após repetidas críticas do presidente americano, Donald Trump, pela forma como Pequim tem lidado com o coronavírus. Na quarta-feira, 20, Trump voltou a culpar os chineses pela pandemia. “Foi a incompetência da China, e nada mais, que causou esse massacre em todo o mundo”, afirmou o presidente em sua conta oficial no Twitter.

Embora vários países estejam gradualmente revertendo medidas de quarentena motivadas pela covid-19, a doença continua se alastrando pelo mundo. O número global de casos de infecção por coronavírus ultrapassou a marca de 5 milhões e o total de mortes se aproxima de 330 mil, segundo dados compilados pela Universidade Johns Hopkins.

Bolsas da Ásia
O índice japonês Nikkei caiu 0,21% em Tóquio, a 20.552,31 pontos, pressionado por ações do setor ferroviário e ligadas a bens de consumo, enquanto na China continental, o Xangai Composto recuou 0,55%, a 2.867,92 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto teve queda de 0,95% a 1.788,64 pontos. Há expectativas também para a reunião legislativa anual da China, que começará nesta sexta-feira (22) e durante a qual o país poderá estabelecer metas de desempenho econômico e sinalizar mais medidas de estímulos numa tentativa de superar a crise provocada pela covid-19.

Em outras partes da Ásia, o Hang Seng caiu 0,49% em Hong Kong, a 24.280,03 pontos, mas o Kospi subiu 0,44% em Seul, a 1.998,31 pontos, sustentado pela reabertura econômica na Coreia do Sul e em outras partes, e o Taiex registrou alta de 0,92% em Taiwan, a 11.008,31 pontos.

Na Oceania, a bolsa australiana ficou no vermelho, e o S&P/ASX 200 recuou 0,41% em Sydney, a 5.550,40 pontos. Relatos da mídia local de que a China poderá impor inspeções alfandegárias mais rígidas ao minério de ferro da Austrália pesaram nas gigantes do setor, como BHP, Rio Tinto e Fortescue, cujas ações caíram entre 0,6% e 2,2%.

Bolsas da Europa
As Bolsas europeias abriram o pregão desta quinta-feira em baixa, à espera de dados de atividade (PMIs) industrial e de serviços da região e monitorando o noticiário sobre o coronavírus, que superou a marca global de 5 milhões de casos e provocou quase 330 mil mortes, segundo dados compilados pela Universidade Johns Hopkins. Às 4h05, horário de Brasília, a Bolsa de Londres caía 0,87%, a de Frankfurt recuava 1,20% e a de Paris se desvalorizava 1,27%. Já em Milão e Madri, as perdas eram de 1,07%, 1,14%, respectivamente.

Petróleo
Os contratos futuros do petróleo operam em alta na madrugada desta quinta-feira, ampliando robustos ganhos da sessão anterior, à espera da reunião legislativa anual da China, que começará amanhã e durante a qual o maior consumidor global da commodity poderá assumir uma postura monetária e fiscal mais acomodatícia em meio à pandemia de coronavírus. Na quarta, a China e a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) se comprometeram a trabalhar juntas para ajudar a estabilizar os mercados de petróleo. Às 4h14 (de Brasília), o barril do petróleo WTI para julho subia 1,70% na Nymex, a US$ 34,06, enquanto o do Brent para o mesmo mês avançava 1,34% na ICE, a US$ 36,23.

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