Notícias positivas vindas dos Estados Unidos. Jerome Powell, presidente do Federal Reserve (FED, o banco central americano) e Steven Mnuchin, secretário do Tesouro (o equivalente a Ministro da Fazenda), realizaram uma apresentação remota para o Comitê Bancário do Senado americano, e defenderam uma ampliação das medidas de apoio à economia.
O comunicado ocorreu poucos dias depois de Powell ter sugerido que a economia americana pode precisar de mais estímulos fiscais. Há uma divergência no governo americano. Até agora, a Casa Branca e o Senado (controlado pelo Partido Republicano), indicaram que não querem ampliar o pacote de estímulos. Pelo menos não por agora. Ambos vêm ignorando a proposta da Câmara dos Deputados (controlada pela oposição Democrata) de injetar US$ 3 trilhões na economia.
O momento é propício para injetar dinheiro na economia. À medida que mais Estados americanos autorizam as companhias a voltar a operar, o governo está finalizando um programa de oito semanas para canalizar dinheiro para pequenas empresas, de modo a evitar demissões. Há mais medidas no forno, para apoiar companhias de maior porte e municípios que levantaram recursos emitindo títulos de dívida, algo comum nos Estados Unidos.
A notícia de um reforço nos estímulos econômicos compensou a decepção no fim da tarde da terça-feira (19), quando relatórios científicos levantaram dúvidas sobre os resultados dos testes da Moderna Therapeutics. A companhia farmacêutica havia anunciado sucesso em testes de uma vacina contra o coronavírus, o que gerou uma grande animação entre os investidores. No entanto, o resultado dos testes foi considerado menos conclusivo do que se imaginava a princípio, o que esfriou os ânimos.
Ainda vai levar tempo para que alguma das 118 vacinas contra o coronavírus que estão sendo desenvolvidas seja uma solução definitiva para conter a pandemia e levar a economia de volta à normalidade. No entanto, enquanto isso não ocorre, a gradual volta das empresas à atividade, conjugada à adoção de estímulos econômicos, vem sustentando o mercado americano.
Mercados não param no feriado
Nesta quarta-feira começa o feriadão em São Paulo, com a antecipação dos feriados do dia de Corpus Christi e do dia da Consciência Negra nesta semana, a adoção de um ponto facultativo na sexta-feira (22) e a antecipação do feriado de 9 de Julho (Revolução Constitucionalista) para a segunda-feira (25). Apesar do feriado, os mercados funcionam normalmente.
Indicadores
O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) variou 0,01% no segundo decêndio de maio, muito abaixo do 1,00% registrado no segundo decêndio de abril, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) na manhã desta quarta-feira (20). Segundo a Fundação, a “queda de braço” entre os preços dos alimentos e os preços dos combustíveis continua. Em maio, inflação dos alimentos desacelerou, mas os preços dos combustíveis passaram a cair menos. A previsão é que o aumento da gasolina nas refinarias pressione o IGP-M no acumulado de maio.
Apesar da indefinição política e do aumento do número de casos da covid-19 no Brasil, o mundo segue animado com a volta da economia nos EUA e por aqui seguimos na mesma esteira. Os contratos futuros do índice americano S&P 500 estão em alta, assim como os contratos do Índice Bovespa. No entanto, devido à perspectiva da possível divulgação do vídeo da reunião ministerial de 22 de abril, não se descarta uma sessão de volatilidade elevada (leia mais abaixo).
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