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Investidores otimistas com reabertura da economia nos EUA

(Foto: Shutterstock)

A segunda-feira (18) começou com o mercado americano em alta devido às notícias de que a reabertura da economia deverá começar em breve. As ações de montadoras como General Motors e Ford avançaram cerca de 2%, e os papéis de companhias petrolíferas também subiram. Além da reabertura da economia, essas companhias foram beneficiadas pela alta do petróleo. No início da manhã, o barril de petróleo do tipo Brent, que serve de referência para a Petrobras, estava subindo mais de 6%. Os contratos futuros para julho indicavam US$ 34,50 por barril. Com isso, os índices na Europa e os contratos futuros de S&P 500 avançavam de maneira uniforme, subindo cerca de 2% no início dos negócios.

Boa parte do otimismo veio do mercado americano, devido às declarações de Jerome Powell, presidente do Federal Reserve (FED, o banco central dos Estados Unidos). Powell afirmou em uma entrevista veiculada no domingo à noite que espera uma recuperação econômica americana já no segundo semestre, desde que não haja uma segunda onda do coronavírus. Segundo Powell, porém, a situação só voltará à normalidade quando houver uma vacina eficaz contra o vírus.

Nos últimos dias, Itália e Espanha registraram o menor número de mortes em três meses. Mesmo assim, as autoridades sanitárias permanecem cautelosas quanto as projeções, e não descartam a hipótese de um recrudescimento nos casos após a volta da economia à normalidade. Não é possível decretar o fim da crise provocada pela pandemia. No entanto, pelo menos nos Estados Unidos, há um otimismo cauteloso de que o pior pode ter passado.

PIB e dólar

A edição mais recente do Boletim Focus mostra que as projeções para o crescimento da economia em 2020 voltaram a recuar. Agora, a expectativa média é de uma retração de 5,12% no Produto Interno Bruto (PIB), um resultado pior do que os 4,11% da semana passada. A queda na projeção, que superou um ponto percentual, foi a mais intensa das últimas semanas.

A taxa de câmbio prevista para o fim do ano subiu para R$ 5,28 ante R$ 5 na semana passada, e a taxa referencial de juros Selic esperada para dezembro voltou a recuar, caindo para 2,25% ao ano ante os 2,50% da estimativa anterior. A projeção para a inflação também caiu. O IPCA previsto para 2020 recuou para 1,59% ante 1,76% na semana anterior.

Inflação

O Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) subiu 0,07% em maio, bastante abaixo do 1,13% de alta registrado em abril. Com esse resultado, a inflação acumulada no ano é de 2,96%. Em 12 meses, o acumulado é de 8,02%, informou nesta manhã a Fundação Getulio Vargas.

Os preços ao consumidor registraram uma deflação (queda de preços) de 0,51% em maio, após ter subido 0,33% em abril. Segundo a FGV, a principal causa foi a queda de 8,49% nos preços da gasolina. Porém, esse efeito deve acabar em breve, pois os levantamentos dos próximos meses devem refletir a alta de 22% da gasolina nas refinarias em maio.

A animação dos mercados estendeu-se aos contratos futuros de Índice Bovespa, que começam o dia em alta significativa e acima de 80 mil pontos. Mesmo o cenário político, que permanece conturbado, não parece estar afetando o otimismo dos investidores no início da semana.

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