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Via Varejo reverte prejuízo e lucra R$ 13 milhões no primeiro trimestre

(Foto: Divulgação)

O resultado da Via Varejo foi bom e veio acima das expectativas em termos de vendas brutas, margem bruta e Ebitda. O resultado teria sido ainda melhor se o fechamento das suas lojas físicas devido à quarentena da Covid-19 não tivesse ocorrido no fim de março.

O principal destaque positivo foi o crescimento das vendas no comércio eletrônico: aumento de 45,7% no trimestre, equivalente a 27% do total. Somente no mês de abril, as vendas on-line representaram 34% do total.

Mesmo com os impactos da Covid-19, a receita líquida totalizou R$ 6,3 bilhões, estável em relação ao primeiro trimestre de 2019.

Houve melhoria na margem bruta que foi de 30,7% e na margem Ebitda que atingiu 9,8% (8,1% no mesmo período do ano anterior).

A companhia reverteu um prejuízo de R$ 50 milhões no primeiro trimestre de 2019 para um lucro líquido de R$ 13 milhões no primeiro trimestre de 2020.

Por outro lado, o principal destaque negativo foi o consumo de caixa de R$ 1,385 bilhões no trimestre, a companhia descontou os seus recebíveis de cartão de crédito no período.

O resultado da Via Varejo veio melhor do que o esperado e os analistas esperam impacto positivo no preço das ações (VVAR3) no curto prazo.

Segundo estimativas da companhia o fechamento das lojas devido à quarentena teve impacto de R$ 726 milhões nas vendas brutas (GMV) da companhia no trimestre. A receita líquida foi R$ 606 milhões menor, com impacto de R$ 87 milhões no lucro líquido.

A receita bruta das lojas físicas teve queda de 7,1% no trimestre, mas apresentou desempenho positivo nas vendas antes do fechamento das lojas em 21 de março: crescimento de 4,2%.

Por outro lado, as vendas brutas (GMV) on-line atingiram R$ 2,1 bilhões, aumento expressivo de 86% no trimestre. A receita bruta nos canais eletrônicos cresceu 49% no período.

A margem bruta cresceu para 30,7%, aumento de 3,14 pontos percentuais. As despesas gerais e administrativas ficaram controladas em relação à receita líquida: 22%. Com isso a margem Ebitda aumentou para 9,8%, crescimento de 174 pontos base em relação ao mesmo período de 2019.

O resultado financeiro foi negativo em R$ 318 milhões no trimestre, aumento de 21%, reflexo do aumento do endividamento.

O capital de giro consumiu R$ 354 milhões de caixa no trimestre. O saldo de recebíveis de cartão de crédito diminuiu de R$ 3 bilhões em dez/19 para R$ 752 milhões no trimestre.

A posição de caixa total (com recebíveis) da companhia era de R$ 2,9 bilhões em março de 2019.

A companhia tem R$ 1,5 bilhões de dívida com vencimento no curto prazo, com destaque para uma nota promissória de R$ 1,5 bilhão com vencimento em setembro de 2020.

De acordo com analistas, a empresa vai precisar fazer um aumento de capital (oferta de ações) para reduzir o nível de endividamento e continuar com o crescimento acelerado no varejo eletrônico. Com isso, deverá haver diluição para os atuais acionistas no curto prazo, mas o problema de liquidez e endividamento da companhia será resolvido. Esse é o principal catalisador da companhia no curto prazo.

Em resumo, a Via Varejo está crescendo a sua operação on-line e tentando diminuir a diferença para os seus principais concorrentes (B2W, Magalu e Mercado Livre).

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