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Mahle Metal Leve registra queda de 66,4% no lucro líquido no primeiro trimestre

(Foto: Divulgação)

A Mahle Metal Leve (LEVE3) divulgou nesta quarta-feira (13), após o fechamento do mercado, os seus resultados referentes ao primeiro trimestre de 2020. Os números vieram mais fracos e abaixo das expectativas em termos de receita, Ebitda e lucro líquido.

O destaque positivo ficou por conta da sua margem bruta, que se beneficiou da variação cambial no período. O indicador passou de 27,1% para 28,2%. Como o incremento foi de apenas 1,1 ponto percentual e bem longe de capaz de segurar a piora no restante das linhas, os destaques negativos devem pesar mais que este sinal positivo.

Os destaques negativos foram a retração no Ebitda, que fechou o período em R$ 91,5 milhões (queda de 23,9% na comparação com o primeiro trimestre de 2019) e o seu lucro líquido, que foi de R$ 21,5 milhões com queda de 66,4% na comparação anual. Em ambas as linhas houve perdas relevantes de margem, salientando o tom mais negativo do resultado.

Analistas esperam impacto negativo nas ações da Metal Leve (LEVE3) no curto prazo. Os resultados apresentados não foram bons ea queda em todas as principais linhas deve pesar nos próximos dias.

Por outro lado, a companhia possui diversos pontos positivos, que após a pandemia, devem se prevalecer em uma nova realidade do setor: fortes vantagens competitivas, parte relevante da receita receita é dolarizada, baixo nível de endividamento, forte geração de caixa operacional e um produto excelente e com alta tecnologia (comparado aos concorrentes mundiais).

A produção de veículos no mercado interno da companhia (Brasil e Argentina) recuou 15,7% na comparação com o mesmo período do ano passado, o que reduz a demanda pelos seus componentes produzidos. Na parte de peças originais (OEM) no mercado doméstico, por exemplo, a queda foi de 8,8%. No mercado externo (OEM), a desvalorização cambial gerou impacto positivo de mais 9,5%, mas não foi suficiente para compensar a queda de menor volume e/ou preços de 14,5% no período.

Com isso a receita líquida totalizou R$ 573 milhões no primeiro trimestre de 2020, uma queda de 7,9% na comparação anual.

Já o Ebitda foi de R$ 91,5 milhões, com margem Ebitda 15,9% no primeiro trimestre de 2020 contra R$ 120,3 milhões e margem 19,2% registradas no mesmo período de 2019.

Houve aumento significativo nas despesas operacionais: aumento das despesas gerais e administrativas na Argentina e uma despesa com contingências trabalhistas de R$ 10,5 milhões no trimestre.

Por fim, o lucro líquido no primeiro trimestre de 2020 atingiu R$ 21,5 milhões o que indica uma redução de 66,5% entre os períodos comparados. A queda foi devido aos menores volumes e preços vendidos, redução de margem devido a desalavancagem operacional e aumento da despesa financeira por conta do efeito cambial.

A companhia permanece com sólida posição de caixa de 559 milhões e baixo nível de endividamento, relação dívida líquida/Ebitda de 0,44 vezes, mas tem um vencimento de dívida no curto prazo de R$ 511 milhões, dos quais 254 milhões em março de 2021.

Os principais catalisadores das ações das Metal Leve são: impactos do coronavírus na produção e venda de bens de consumo duráveis, redução do PIB e crise econômica local e internacional.

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