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Mercados internacionais: chance de nova onda da covid-19 e dados econômicos ditam Bolsas

(Foto: Divulgação)

Em meio à possibilidade de uma nova onda de contaminações pelo novo coronavírus, causador da covid-19, em países que já haviam registrado quedas significativas nos dados sobre a doença, os mercados internacionais vêm tendo uma semana agitada, com expressivas diferenças de direções, com queda e crescimento, em claro sinal de volatilidade, durante um mesmo dia.

Na manhã desta quarta-feira, 13, as Bolsas da Europa abriram as negociações em queda generalizada, não só pelo receio de novo ciclo da pandemia na Europa e na Ásia, mas também por dados econômicos fracos, como o recuo de 2% do PIB (Produto Interno Bruto) do Reino Unido e dados de empresa alemã.

Na Ásia, os resultados tiveram um tom mais positivo, com apenas Hong Kong e Japão fechando com o índice de maneira negativa. Os mercados da região aguardam discurso do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), Jerome Powell. Mas, por lá, o receio de uma possível nova onda de contaminações faz com que alguns locais tomem novas medidas de restrições. Em Jilin, cidade no nordeste da China, já se avalia nova rodada de restrições sobre viagens para conter a pandemia, com seis novos casos reportados na última terça-feira, 12.

Bolsas da Europa
As Bolsas europeias operam em baixa no começo do pregão desta quarta-feira, influenciadas por preocupações com uma nova onda de infecções por covid-19 em países que estão gradualmente reabrindo suas economias. Investidores também digerem uma série de indicadores do Reino Unido, incluindo o Produto Interno Bruto (PIB), que encolheu 2% no primeiro trimestre ante os três meses anteriores, e o balanço trimestral do banco alemão Commerzbank, que teve prejuízo entre janeiro e março.

Às 4h13, no horário de Brasília, a Bolsa de Londres caía 1,04%, a de Frankfurt recuava 1,78% e a de Paris se desvalorizava 1,67%. Já em Milão, Madri e Lisboa, as perdas eram de 1,09%, 0,82% e 1,33%, respectivamente.

Bolsas da Ásia
As bolsas da Ásia e do Pacífico fecharam majoritariamente em alta nesta quarta-feira, à espera de um discurso do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), Jerome Powell, mas ainda digerindo também recentes evidências de que países da região enfrentam uma segunda onda de casos de coronavírus. Na China continental, o dia foi de ganhos modestos, com destaque positivo para ações do setor de saúde. O índice Xangai Composto subiu 0,22%, a 2.898,05 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto avançou 0,67%, a 1.822,85 pontos.

Por outro lado, o japonês Nikkei caiu 0,49% em Tóquio, a 20.267,05 pontos, pressionado por ações de siderúrgicas e de montadoras, enquanto o Hang Seng recuou 0,27% em Hong Kong, a 24.180,30 pontos, influenciado pelo fraco desempenho de papéis de operadoras de cassinos com sede em Macau.

Em outras partes da Ásia, o sul-coreano Kospi se valorizou 0,95% em Seul, a 1.940,42 pontos, com a ajuda dos setores químico, de biotecnologia e varejista, enquanto o Taiex assegurou ganho de 0,54% em Taiwan, a 10.938,27 pontos.

Investidores vão ficar atentos, a partir das 10h (de Brasília), a um discurso do presidente do Fed, Jerome Powell, em meio a uma crescente especulação de que o BC americano poderá vir a adotar juros negativos, como parte de sua estratégia para combater os efeitos da pandemia de coronavírus. Atualmente, o Fed mantém seu juro básico numa faixa de 0% a 0,25%.

Na Oceania, a Bolsa australiana ficou no azul, graças a mineradoras e aos setores de telecomunicações e saúde. O S&P/ASX 200 avançou 0,35% em Sydney, a 5.421,90 pontos.

Futuros de NY
Os índices futuros das Bolsas de Nova York operam em alta modesta, sugerindo que os mercados de Wall Street podem tentar se recuperar nesta quarta-feira após as significativas perdas do pregão anterior, mas os juros dos Treasuries recuam em meio a sinais recentes de que alguns países enfrentam uma segunda onda de casos de coronavírus, à medida que começam a reverter medidas de isolamento, e antes de um discurso do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), Jerome Powell.

Às 5h25 (de Brasília), no mercado futuro, Dow Jones subia 0,27%, S&P 500 avançava 0,19% e Nasdaq se valorizava 0,37%. Entre os Treasuries, o rendimento da T-note de 2 notes diminuía a 0,160%, o da T-note de 10 anos caía a 0,659% e o do T-bond de 30 anos recuava a 1,352%.

Petróleo
Os contratos futuros de petróleo operam em baixa na madrugada desta quarta-feira, revertendo o movimento de valorização da sessão anterior, após o American Petroleum Institute (API) estimar no fim do dia ontem que o volume de petróleo bruto estocado nos EUA teve forte acréscimo na última semana, de 7,6 milhões de barris. Hoje, o Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês) dos EUA divulga o relatório oficial sobre estoques, que inclui números sobre produção. A commodity também está pressionada desde o começo da semana em meio a sinais de que alguns países enfrentam uma segunda onda de casos de coronavírus à medida que começam a remover medidas de isolamento.

Às 5h13 (de Brasília), o barril do petróleo WTI para julho caía 2,32% na Nymex, a US$ 25,72, enquanto o do Brent para o mesmo mês recuava 2,94% na ICE, a US$ 29,10. / COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

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