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Investidores brasileiros atentos aos estímulos à economia chinesa 

(Foto: Divulgação)

O foco da abertura do mercado nesta quarta-feira (13) são os números. Apesar do cenário incerto, há pelo menos duas boas notícias para o setor exportador. Uma delas é a taxa de câmbio. A volatilidade dos últimos dias mandou a taxa de câmbio para mais um recorde de alta nominal. Durante a sessão da terça-feira (12), o dólar chegou a R$ 5,88 na máxima, para fechar a R$ 5,87, alta de 0,86% em relação à segunda-feira.

A outra notícia positiva é a valorização do minério de ferro. As siderúrgicas chinesas, maiores importadoras do minério de ferro brasileiro, estão retomando suas atividades antes do esperado devido aos estímulos governamentais para a recuperação da economia chinesa. Com isso, o minério de ferro padrão, com teor de 62% de hematita, está sendo negociado a cerca de 90 dólares por tonelada.

Isso beneficia especificamente as ações da Vale (VALE3). O produto da mineradora brasileira, com teor de 65% de hematita, é negociado a preços acima da média do mercado internacional, e chegou a ser negociado a US$ 106 por tonelada no mercado a vista na segunda-feira (11).

Esse cenário deverá permanecer positivo por algum tempo. O grupo chinês BaoSteel, um dos maiores conglomerados siderúrgicos do mundo, informou esperar que o governo chinês incentive investimentos e obras públicas, realizando projetos de grande escala. Isso vai elevar a demanda por aço para construção, o que será benéfico tanto para o aço longo (vergalhões) quanto o aço plano.

Indicadores

As vendas no varejo caíram 2,5% em março em relação a fevereiro, e recuaram 1,2% em relação a março do ano passado. No entanto, a expectativa era uma queda maior e mais profunda das vendas no varejo. Na comparação mensal (fevereiro), a queda esperada pela Bloomberg era de 5,5, e na comparação anual (março/2019), a queda era de 3,9%, ou seja, os números foram uma surpresa positiva para os mercados.

No acumulado do ano, entre janeiro e março, houve um crescimento de 1,6% ante 2019, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira (13), ao divulgar a Pesquisa Mensal de Comércio (PMC) de março.

A queda só não foi mais intensa devido ao aquecimento da atividade nos setores essenciais. As vendas de hipermercados e supermercados cresceram 14,6% em março. As vendas de artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos avançaram 1,3%.

Excetuando-se supermercados e farmácias, houve quedas nas vendas em seis das oito atividades pesquisadas, em especial as que dependem de lojas físicas, que foram fechadas a partir da segunda quinzena de março. A maior queda foi em tecidos, vestuário e calçados, com baixa de 42,2%.

Apesar de os mercados acionários europeus estarem em baixa devido a temores de um aumento nos casos de infecção pelo coronavírus, os mercados do lado de cá do Atlântico começaram o dia em alta. O dia promete ser positivo para a Bolsa, com o número do varejo melhor que o esperado, minério de ferro em alta e um arrefecimento do cenário político (mesmo que pontualmente no dia de hoje).

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