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Distanciamento controlado no Rio Grande do Sul concentra as atenções do mercado

(Foto: Shutterstock)

O Rio Grande do Sul inicia nesta segunda-feira (11) uma nova fase das políticas de isolamento social. Entra em vigor hoje o decreto que estabelece medidas para o distanciamento controlado. Uma experiência inspirada no exemplo alemão – um dos países europeus mais bem-sucedidos na contenção da pandemia – a reabertura pretende calibrar o isolamento de acordo com a gravidade da contaminação.

Além da obrigatoriedade do uso de máscaras, o funcionamento dos setores dependerá de uma classificação por cores. As medidas restritivas deverão ser adotadas com base em quatro níveis, identificados por meio das bandeiras amarela, laranja, vermelha e preta. Essa definição é feita de acordo com a capacidade do sistema de saúde e a propagação da doença, podendo ser atualizada caso a situação se altere.

As medidas são apoiadas pelo Ministério da Saúde e serão observadas com muita atenção por governadores dos demais Estados e pelos prefeitos das maiores cidades brasileiras. A cidade de São Paulo, por exemplo, reinstalou o rodízio de veículos de uma forma mais dura. A partir desta segunda-feira, a meta da Prefeitura é deixar 50% da frota de veículos particulares fora das ruas, de modo a reforçar o isolamento.

A volta das atividades econômicas tem sido o principal vetor que define o movimento dos mercados. No início da manhã, as bolsas na Ásia subiram, com Tóquio fechando em alta de 1% e Hong Kong avançando 1,5%. No entanto, no início da manhã, as ações registram quedas nas bolsas da Alemanha e da Inglaterra, devido à preocupação dos investidores de que uma aumento nos casos novos de infecção pelo coronavírus poderá postergar ainda mais a volta das economias à normalidade.

No cenário interno, além das experiências de reabertura cautelosa da economia, a atenção no curtíssimo prazo ficará voltada para a decisão do Presidente da República de vetar ou não o reajuste do salário dos funcionários públicos federais, que representam cerca de 60% da folha de pagamentos, além dos desdobramentos com as investigações.

Indicadores econômicos

A edição mais recente do Boletim Focus mostra que a retração esperada para a economia já supera 4%. A estimativa desta semana é de uma queda de 4,11%, ante 3,76% na semana anterior e 1,96% há quatro semanas.

As projeções para a inflação e para os juros também caíram. O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) previsto caiu para 1,76%, ante 1,97% da semana anterior. E a taxa Selic esperada para dezembro caiu para 2,50% ante os 2,75% anteriores.

No caso do dólar, a projeção média para dezembro permaneceu estável em R$ 5, mas a projeção Top 5 de curto prazo subiu de R$ 4,90 para R$ 5,40.

A preocupação internacional com uma eventual volta do coronavírus está pressionando para baixo tanto os contratos futuros de Ibovespa quanto os do índice americano S&P 500 no início dos negócios. Isso indica uma abertura em baixa, em mais um dia que deverá ser marcado pela volatilidade.

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