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Dólar dispara e bate em R$ 5,87, novo recorde nominal; Bolsa possui leve queda

(Foto: Divulgação)

O dólar abriu as negociações desta quinta-feira, 7, em alta superior a 1,5%, cotado a R$ 5,79, e, ao final da amanhã, atingiu o mais novo recorde nominal, R$ 5,87, quando não se desconta a inflação. O valor representa um aumento de mais de 2,5% comparado ao fechamento da última quarta-feira, 6. Nesse dia, a moeda americana atingiu o patamar de R$ 5,70, dia em que, pela primeira vez, o câmbio fechou neste valor.

Já a Bolsa brasileira (B3) iniciou o pregão com o Ibovespa, principal índice da cesta de ações nacional, em alta de mais de 1%, mantendo os 79 mil pontos, mas desacelerou e começou a cair ao final da manhã. Às 11h41, a B3 caía 0,37%.

Para se ter uma ideia da valorização dólar, ou da desvalorização do real frente à moeda externa, no início do ano, em janeiro, o câmbio girava em torno de R$ 4. Apenas em março que a barreira de R$ 5, para o dólar e também para o euro, foi ultrapassada, em meio às tensões dos mercados globais em relação às incertezas do novo coronavírus, causador da covid-19. Desde o final de fevereiro e começo de março, a moeda nacional vem se desvalorizando e os mercados como um todo, não só o brasileiro, vêm “derretendo”, com, por algumas vezes, índices despencando por dias seguidos.

Influência do novo corte do Copom
Na última quarta, o Copom fez um corte inesperado de 0,75 ponto da Selic, a 3% ao ano – a maioria no mercado apostava em 0,50 pp -, e deixou o caminho aberto para outra redução do mesmo tamanho em junho. Essa perspectiva deve achatar o diferencial de juro interno e exterior, afastando ainda mais o investidor estrangeiro do Brasil. Pode apoiar nova alta também da moeda americana a percepção nebulosa sobre o cenário político, fiscal e sanitário no Brasil.

Mercados internacionais
As Bolsas da Europa abriram as negociações em alta, de maneira moderada, na manhã desta quinta-feira, 7. Alguns fatores contribuem para esse cenário. O primeiro deles é um resultado mais positivo do que o esperado para as exportações da China para o mês de abril. A expectativa era de uma queda forte, mas houve aumento de 3,5%. Nas importações, porém, o tombo foi grande, 14,2%, resultado mais alinhado com as projeções. / SILVANA ROCHA, LUCIANA XAVIER, SERGIO CALDAS E FELIPE SIQUEIRA

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