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Balanços sólidos e PIB dos EUA animam investidores

(Foto: Shutterstock)

A safra de balanços no primeiro trimestre começou nesta semana, com bons resultados de Vale e de Minerva. No front político, os investidores se animaram com a decisão do governo de congelar o programa Pró-Brasil, que previa estimular a economia por meio de gastos públicos. A decisão demonstrou a força política do ministro Paulo Guedes e da aderência do governo à responsabilidade fiscal.

Há mais razões para o otimismo. Nesta tarde, o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) deverá divulgar o resultado de sua reunião do Federal Open Market Committee (Fomc, o Copom dos Estados Unidos). Embora não se espere uma queda dos juros nos Estados Unidos para abaixo de zero, é bastante provável que a autoridade monetária anuncie medidas suplementares para estimular a economia, ampliando o escopo de atuação do Fed.

E, para completar os prognósticos positivos no início da quarta-feira, o mercado internacional do petróleo parece caminhar para a volta à normalidade. Os contratos futuros para junho do barril do petróleo do tipo Brent, que serve de referência para a Petrobras, estavam subindo cerca de 5 por cento, para US$ 21,50 por barril. Os contratos para junho do petróleo do tipo WTI superam US$ 14, alta de 16% em relação à véspera. Com a volta dos preços a patamares históricos, afasta-se a hipótese de uma quebradeira generalizada no setor, que é importante para as economias e para as bolsas.

Nesta manhã, as bolsas asiáticas fecharam majoritariamente em alta. Em Xangai, o índice SSE subiu 0,44%, e em Seul o índice Kospi avançou 0,70%. A bolsa não funcionou em Tóquio devido a um feriado.

O dado mais importante do dia foi o PIB (Produto Interno Bruto) dos EUA neste primeiro trimestre de 2020. O mundo inteiro parou para analisar. O número saiu um pouco antes da abertura do mercado por aqui e mostrou que por lá a economia encolheu -4,8% no período, em comparação com o mesmo período de 2019. No quarto trimestre de 2019, o PIB havia crescido +2,1%. O resultado está muito distante da recessão que os mais pessimistas alardearam, o que deve levar a previsões mais realistas para os próximos trimestres. No momento da divulgação, as bolsas aceleram as altas.

Os olhos continuam voltados para os EUA ao longo do dia, pois o Federal Reserve (Fed, banco central americano) vai definir a taxa de juros.

Indicadores

O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) de abril variou 0,80%, abaixo do 1,2% registrado em março, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV). Até abril, o índice acumula alta de 2,50% no ano e de 6,68% em 12 meses. Em abril de 2019, o IGP-M havia registrado uma inflação de 0,92% e acumulava alta de 8,64% em 12 meses.

O Índice de Confiança da Indústria (ICI) caiu 39,3 pontos em abril, para 58,2 pontos. Essa é a maior redução mensal do índice e seu menor nível desde o início da série histórica, em janeiro de 2001. A queda do ICI atingiu todos os 19 segmentos industriais pesquisados, e foi determinada pela piora das avaliações sobre o momento presente e, principalmente, aumento do pessimismo em relação ao futuro. O Índice Expectativas (IE) recuou 46,6 pontos, para 49,6 pontos. Por sua vez, o Índice de Situação Atual teve redução de 31,4 pontos, para 67,4 pontos. Ambos atingiram o menor valor da série histórica.

 

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