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Processo de capitalização da CVC pode chegar a R$ 1 bilhão

(Foto: Divulgação)

A CVC, maior empresa de viagens do Brasil, está preparando uma grande operação de capitalização, segundo seu novo presidente (CEO) Leonel Andrade. A captação, que será realizada fora do ambiente de bolsa e aberta aos atuais acionistas da empresa, poderá chegar até R$ 1 bilhão de reais, de acordo com estimativas de mercado.

Os recursos levantados nesta capitalização não estão relacionados à necessidade de a empresa seguir operante neste período de quarentena, cujas vendas em abril chegaram a quase zero, mas também na retomada do setor e no investimento na transformação digital. Na visão do presidente, só deve haver uma melhora deste quadro a partir do 4T2020. Além disso, ele espera que a retomada ao mesmo nível de 2019 seja alcançado apenas em 2023.

A notícia é positiva para os acionistas da CVC e analistas esperam impacto positivo no preço das suas ações no curto prazo. O levantamento dos recursos, além de totalmente necessários, será feito via capitalização, fonte mais barata que a contratação de crédito junto ao sistema bancário.

A operadora de viagens vive uma verdadeira tempestade perfeita nos últimos 12 meses. Além do coronavírus, outros fatores afetaram os seus negócios de maneira significativa neste período, como a falência da Avianca no 2T2019, os investimentos na Argentina em meio à sua crise política, o vazamento de óleo no nordeste, que afetou um dos principais destinos turísticos do país, a alta do dólar, que reduz o apetite do mercado local a viagens internacionais e os indícios de fraude nas suas demonstrações contábeis.

Em tal período, as suas ações (CVCB3) apresentam o pior desempenho dentre as empresas que compõem o Ibovespa, com recuo de 74,4% ante a queda de 17,5% no índice.

O coronavírus certamente trará diversas mudanças sociais, culturais e econômicas no mundo. Sem dúvidas, o setor de turismo será um dos mais afetados com isso, pois o trauma deste momento poderá reduzir o apetite a viagens internacionais no curto e médio prazo, em especial a destinos longínquos e exóticos.

Outro fator é o segmento corporativo, que poderá ter sua demanda reduzida devido às boas experiências atuais no contexto de trabalho remoto, a qual todo aparato tecnológico em termos de hardware e rede (internet) estão sendo capazes de oferecer reuniões e conferências à distância com boa qualidade e com um custo infinitamente menor para as companhias.

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