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Petrobras propõe medidas para flexibilizar contratos de fornecimento de gás

(Fonte: Shutterstock)

A Petrobras (PETR3, PETR4) anunciou que está propondo às distribuidoras de gás natural algumas medidas para flexibilizar os contratos de fornecimento de gás vigentes, como medida para atenuar os efeitos negativos decorrentes da paralisação da economia por conta da pandemia do coronavírus.

Entre as ações, a companhia afirmou que parcelará as faturas associadas aos meses de abril, maio e junho referentes aos contratos de compra de gás natural para atendimento ao mercado não termelétrico, que inclui o segmento industrial, residencial, de veículos e comercial.

Outra medida é a suspensão das cobranças de penalidades por conta do não cumprimento da programação diária de demanda nem de outras obrigações.

A empresa ainda informou que as medidas estarão em vigor no período em que de fato as obrigações contratuais serão afetadas, e que elas têm caráter temporário e negocial, sendo um amparo às distribuidoras de gás devido à retração na demanda do mercado no cenário atual.

A notícia é neutra para as ações da Petrobras (PETR3, PETR4) no curto prazo. Analistas  não veem impacto relevante nos fundamentos de longo prazo da companhia. No curto prazo outros drivers irão movimentar os preços das ações, como por exemplo os preços do petróleo no mercado internacional.

Com o coronavírus afetando toda a cadeia produtiva mundial, as companhias se veem obrigadas a renegociar seus contratos como forma de obter algum tipo de recurso para atenuar o impacto da quarentena na economia e no caixa das empresas.

Na semana passada as distribuidoras de gás já haviam requerido medidas mais flexíveis nos contratos alegando motivo de força maior, dado que o estado de pandemia possibilita esta condição.

A Petrobras vem trabalhando para ajustar as suas operações frente ao cenário atual. Além desta medida, ela vem reduzindo seu nível de produção de barris de óleo diários e reforçado seu nível de caixa para o ano.

O principal catalisador das ações da Petrobras é a reunião da OPEP que irá ocorrer nesta quinta-feira (9), cuja principal pauta é a possibilidade dos países produtores da commodity chegarem num acordo para redução do nível atual de produção de pelo menos 10 milhões a 15 milhões de barris diários de petróleo numa tentativa de dar uma sustentação aos preços.

O preço do petróleo do tipo Brent atingiu os US$ 25 dólares no fim de março, um dos níveis mais baixos da história, mas já acumula alta de 28% em abril com preço de US$ 32 por barril.

A quarentena mundial devido ao coronavírus deverá reduzir a demanda por petróleo em cerca de 30% em 2020.

Um choque de oferta, com a disputa comercial e geopolítica entre os maiores produtores que são Arábia Saudita, Rússia e Estados Unidos, causa ainda mais volatilidade e incerteza no mercado de petróleo.

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