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Progresso contra pandemia na Europa e EUA anima investidores

(Foto: Shutterstock)

Os negócios na terça-feira (7) voltaram a começar com um tom otimista. Sinais de progresso contra o coronavírus na Europa e nos Estados Unidos, e um aumento nos pacotes de estímulo econômico, elevaram os preços. Os mercados asiáticos subiram. No Japão, o índice Nikkei avançou 2,01%. Em Seul, o índice Kospi subiu 1,77% e o índice da Bolsa de Xangai fechou em alta de 2,05%. Na Europa, os mercados estão em alta.

Na Alemanha, o índice Dax avança 3,92% e em Londres o FTSE sobe 2,63%, apesar das notícias de que o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, teve de ser internado em uma unidade de terapia intensiva devido a complicações em sua contaminação pelo coronavírus.

Por aqui, os contratos futuros de Ibovespa começam o dia com uma forte alta de 6,1% a 79.015 pontos. Os contratos futuros de S&P 500 avançam 3%, para 2.732 pontos

As notícias sobre o coronavírus começaram a melhorar. Em Nova York, novo epicentro do vírus, foram detectadas 594 mortes no domingo (5) e 599 mortes na segunda-feira (6). A alta foi considerada pequena, e uma indicação de que o número de vítimas fatais pode ter chegado perto do momento de se estabilizar.

Outra justificativa para a alta são as expectativas do mercado quanto a uma atitude menos rígida dos governos, em especial a Alemanha, para financiar a recuperação da economia após a crise. No caso da Europa, a questão se resume largamente à emissão dos chamados “coronabonds”, títulos de dívida emitidos pelos países do Euro como uma entidade única, e que financiariam a retomada das economias mais frágeis e mais atingidas, como Itália e Espanha. Christine Lagarde, diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI) estimou, em uma conferencia na segunda-feira, que o próximo pacote de ajuda estatal pode injetar mais um trilhão de dólares nas economias, além dos quase 5 trilhões já comprometidos.

A recuperação do petróleo também ajudou. Nesta manhã, o barril do petróleo do tipo Brent era cotado a US$ 33,81, alta de 2,3%, e o barril do petróleo tipo West Texas Intermediate (WTI) era negociado a US$ 25,36, alta de 3,18%. As cotações da commodity subiram, com expectativas de retomada da demanda e de uma diminuição do ímpeto beligerante da Rússia contra os demais produtores, o que pode facilitar o fechamento de um acordo entre russos e os demais produtores ligados à Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep).

INDICADORES 1

As vendas do comércio varejista cresceram 1,2 por cento em fevereiro em comparação com janeiro, informou na manhã desta terça-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Foi o melhor resultado para uma Pesquisa Mensal de Comércio (PMC) em um mês de fevereiro desde 2014. Em relação a fevereiro de 2019, a alta foi de 4,7 por cento. O IBGE também revisou a taxa de janeiro de uma queda de 1 por cento para uma queda de 1,4 por cento devido à inclusão de novos dados do setor de combustíveis e lubrificantes.

O varejo cresceu 3% no acumulado do primeiro bimestre de 2020 ante o mesmo período de 2019. Segundo o IBGE, isso é uma continuidade da trajetória de recuperação dos três últimos bimestres de 2019.

O varejo ampliado, que inclui itens de valor unitário elevado, como automóveis e material de construção, também voltou a crescer e registrou um avanço de 0,7% em relação a janeiro e de 3,3% na comparação com fevereiro de 2019.

INDICADORES 2

O Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp) da Fundação Getulio Vargas (FGV) caiu 9,4 pontos em março para 82,6 pontos, indicando uma queda do emprego. Foi o menor nível registrado desde os 82,2 pontos de junho de 2016. O Indicador Coincidente de Desemprego (ICD) subiu 0,6 ponto em março, para 92,5 pontos, indicando uma alta no desemprego. Em médias móveis trimestrais, mantém-se tendência decrescente, ao recuar 0,9 ponto.

Todos os sete componentes do IAEmp, recuaram em março, com cinco dos sete indicadores recuando pelo menos em 7,0 pontos. No mesmo período, o aumento do ICD foi influenciado por três das quatro classes de renda familiar. A maior contribuição para o resultado do ICD foi dada pela classe familiar com renda entre R$ 2.100 e R$ 4.800.

Segundo Rodolpho Tobler, economista da FGV, a queda de março foi a segunda maior queda da série histórica, ficando atrás apenas da ocorrida na crise de 2008-09. Ele avalia que o cenário negativo deve persistir nos próximos meses.

De acordo com analistas, um ou dois pregões não são suficientes para definir uma tendência de alta ou de baixa. No entanto, a cada dia em que as ações subirem devido a estimativas otimistas com relação ao coronavírus e com a economia, aumentam as probabilidade de que essa trajetória se transforme em uma tendência firme.

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