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Pedidos de seguro-desemprego nos EUA atingem 3,2 milhões na semana

(Foto: Divulgação)

O Departamento de Trabalho dos Estados Unidos divulgou nesta quinta-feira (26) os pedidos iniciais de seguro-desemprego para a a semana encerrada em 21 de março. O número veio muito pior do que as expectativas. No período de sete dias, 3,2 milhões de americanos solicitaram o benefício do seguro-desemprego, uma alta de 3,001 milhões em relação aos 282 mil pedidos da semana anterior. Foi o nível mais alto da série histórica. Só para comparar, até então o pior nível de pedidos iniciais de seguro-desemprego haviam sido os 695 mil de outubro de 1982.

A divulgação de um nível de pedidos de seguro-desemprego muito acima do esperado – as projeções eram de um recorde, mas de um milhão de pedidos – deverá atenuar o impacto positivo do pacote de ajuda de US$ 2 trilhões aprovado pelo Congresso americano na terça-feira (25). O impacto sobre os mercados deve ser intenso na abertura dos negócios. Os contratos futuros de S&P 500 estão em queda de 1,03%. Os contratos futuros de Ibovespa, que haviam iniciado o dia em alta de 1,24%, reduziram a valorização para 0,3%.

Por aqui, o Banco Central (BC) divulgou o Relatório de Inflação do primeiro trimestre nesta quarta-feira (26). Após analisar detalhadamente o impacto da pandemia sobre a economia mundial, o BC avalia que a inflação está em baixa. O prognóstico para o ano fechado de 2020 é de uma variação de 3% no Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), abaixo dos 3,6% previstos no relatório anterior.

O BC também avalia que a probabilidade de a inflação ficar acima do teto da meta para 2020 é de apenas 2%, ao passo que a probabilidade de a inflação ficar abaixo do piso da meta é de 33%. Para este ano, a meta de inflação é 4%, com 1,5 ponto percentual de tolerância para cima ou para baixo. Assim, a faixa admitida do IPCA vai de 2,5% a 5,5% em 2020.

INDICADORES

A Fundação Getulio Vargas (FGV) divulgou dois indicadores do setor de construção civil nesta quarta-feira (26). O Índice Nacional de Custo da Construção – M (INCC-M) subiu 0,38 por cento em março. Levemente acima dos 0,35% de fevereiro. O índice referente à Mão de Obra subiu 0,40%  em março, acima dos 0,04% em fevereiro, e o índice relativo a Materiais, Equipamentos e Serviços variou 0,35%, abaixo dos 0,71% de fevereiro.

Se os preços subiram levemente, o Índice de Confiança da Construção (ICST) apresentou a segunda retração consecutiva em março, caindo para 90,8 pontos, 2,0 pontos abaixo dos 92,8 pontos de fevereiro. No entanto, apesar de duas quedas consecutivas, a média do índice no primeiro trimestre de 2020 é de 92,6 pontos, uma alta de 2,7 pontos ante a média do quarto trimestre de 2019, que foi de 89,9 pontos.

As expectativas para os próximos três e seis meses pioararam. O Índice de Expectativas (IE-CST) cedeu 3,5 pontos, para 95,5 pontos, o menor valor desde junho de 2019, quando registrou 92,9 pontos. O indicador de demanda prevista apresentou queda de 3,6 pontos, para 96,1 pontos, enquanto o indicador de tendência dos negócios para os próximos seis meses caiu 3,5 pontos, para 94,8 pontos.

Segundo Ana Maria Castelo, Coordenadora de Projetos da Construção da FGV IBRE, a disseminação do coronavírus ainda não houve impacto expressivo nos negócios em março, mas o Indicador de Expectativas já aponta uma deterioração do cenário. “O segmento de Serviços Especializados, formado por um conjunto de pequenos empreiteiros, certamente sentirá mais e já em março”, diz ela.

 

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