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Petrobras anuncia redução no orçamento 2020

(Fonte: Shutterstock)

A Petrobras (PETR3/PETR4) anunciou uma proposta aos acionistas de orçamento de capital de R$ 39,41 bilhões em 2020, uma redução de 28% em relação ao orçamento aprovado em 2019.

O investimento total seria dividido em R$ 31 bilhões para a unidade de negócios de exploração e produção de petróleo, R$ 6,23 bilhões para refinarias/gás natural e 2,13 bilhões para o segmento corporativo.

Na última sexta-feira (20) a Petrobras solicitou aos bancos desembolso de linhas de crédito no valor de US$ 8 bilhões com objeto de reforçar o caixa da companhia.

Adicionalmente está marcada eleição de novo Conselho de Administração para ser eleito na Assembleia Geral Ordinária em 22 de abril.

Na avaliação de analistas, esse movimento de preservação de caixa é realidade para todas as empresas de petróleo no mundo, que começaram a se mexer para enfrentar o cenário de crise provocado pela pandemia do coronavírus e pela guerra de preços no mercado de petróleo entre Arábia Saudita e Rússia.

Se no Brasil, a Petrobras e a PetroRio anunciaram adiamento dos investimentos, no cenário internacional as gigantes internacionais do setor, como ExxonMobil, Total, Equinor e BP, também sinalizaram cortes de gastos de cerca de 25%.

Os preços do petróleo do tipo Brent apresentaram queda de 21 por cento na última semana, com queda acumulada superior a 60 por cento em 2020, o barril do tipo Brent está atualmente cotado a US$ 27.

O choque de oferta/preço provocado pela guerra comercial entre Rússia e Arábia Saudita é agravado pela forte redução na demanda mundial por petróleo devido à queda na economia global devido ao Covid-19.

O Brasil e a Petrobras estão em melhores condições para enfrentar a crise dessa vez, mas as perspectivas de geração de caixa são negativas devido aos baixos preços do petróleo.

No lado positivo, destaque para dos custos mais baixos de extração e produção de petróleo do pré-sal, com 74% da produção brasileira com “breakeven” (preço de equilíbrio econômico) de US$ 35 por barril.

O momento é de “tempestade”, pois as empresas petroleiras precisarão aumentar a eficiência das suas operações, adiar investimentos e reduzir os níveis de atividade de exploração.

Por último, destacamos que essa guerra entre Arábia Saudita é Rússia não é sustentável no longo prazo, pois ambos países estão “queimando óleo”.

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