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O governo quer facilitar a concessão de crédito

(Divulgação/Flickr)

O governo quer facilitar a concessão de crédito. Os estímulos à economia já começaram. Em uma reunião extraordinária nesta segunda-feira (16), o Conselho Monetário Nacional (CMN), órgão máximo do sistema financeiro, liberou os bancos de várias obrigações. A ideia é facilitar a concessão de crédito.

Os bancos estão dispensados de elevar as provisões contra devedores duvidosos (PDD) nos casos de renegociação de dívidas nos próximos seis meses. Segundo o Banco Central (BC), essa medida poderá facilitar a rolagem e a renegociação de R$ 3,2 trilhões em empréstimos, praticamente todo o crédito concedido no Brasil.

“O BC tem um amplo arsenal de instrumentos e vai adotar todas as medidas necessárias para apoiar as empresas e as famílias contra os efeitos adversos do covid-19 na economia”, afirmou o Banco Central, em uma nota à imprensa.

O foco principal das medidas são as empresas do setor de serviços, que são as principais empregadoras do País. As empresas de menor porte são as mais suscetíveis à falta de caixa para pagar funcionários e fornecedores, e a ideia das medidas é garantir a elas folga financeira pelos próximos seis meses e evitar demissões em massa.

A segunda medida aumenta a capacidade de os bancos utilizarem seu capital para ampliarem a concessão de empréstimos. O CMN reduziu as exigências de capital dos bancos e ampliou a oferta de recursos em R$ 56 bilhões. Pelas contas do BC, isso permitirá aos bancos elevar seus limites de crédito em cerca de R$ 637 bilhões.

Na semana passada, o BC havia liberado R$ 135 bilhões de depósitos compulsórios que ficam retidos nos bancos. No entanto, ainda há R$ 380 bilhões em compulsórios. Nesta semana, o mercado espera um novo corte da taxa de juros Selic na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom. Na edição mais recente do boletim Focus, as estimativas do mercado para a Selic de dezembro recuaram de 4,25% para 3,5%.

BANCOS – A Federação Brasileira de Bancos (Febraban), o poderoso lobby do setor, informou que os associados estão discutindo propostas para “amenizar os efeitos negativos dessa pandemia no emprego e na renda”. Os cinco maiores bancos de varejo – Banco do Brasil, Itaú Unibanco, Bradesco, Santander e Caixa – podem prorrogar os vencimentos das dívidas de pessoas físicas e pequenas e médias empresas por 60 dias, “para os contratos vigentes em dia e limitados aos valores já utilizados”. Segundo a Febraban, a avaliação dos bancos é que a pandemia é “um choque profundo, mas de natureza essencialmente transitória”.

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