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Bancos centrais prometem medidas para garantir estabilidade dos mercados

(Foto: Divulgação)

A retração da economia chinesa, que deve prejudicar inúmeros países que fazem muitos negócios com a China, tinha tudo para provocar mais uma sessão de pânico nos mercados. No entanto, as ações subiram na Ásia devido a expectativas de que os principais bancos centrais devem reduzir os juros e anunciar medidas de estímulo econômico.

No fim da semana passada, diretores do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) sinalizaram que podem baixar as taxas em 50 pontos-base (centésimo de ponto percentual) na reunião de 17 e 18 de março. Medidas semelhantes devem ser propostas pelo Banco Central Europeu (BCE) e pelo Banco do Japão. O movimento deve começar nesta terça-feira (3), dia da reunião do banco central da Austrália. Embora menos relevante, seu movimento pode indicar o começo de uma tendência do mercado.

A expectativa levou a um movimento de alta nos mercados asiáticos. O índice SSE Composite, da bolsa de Xangai, subiu 3,15%, ao passo que o índice Nikkei, da Bolsa de Tóquio, subiu 0,95% e o Hang Seng, de Hong Kong, fechou em alta de 0,62%. Na Europa, após avançar 2,8%  na abertura, o FTSE da Bolsa de Londres está em queda de 0,68%. Os contratos futuros do S&P 500 caem 0,82% e os contratos futuros do Ibovespa com vencimento em abril abriram com uma leve alta de 0,46%.

Os mercados de commodities ajudaram na recuperação. Os preços do petróleo saltaram 1,49% para US$ 50,71 por barril, na esperança de um corte mais profundo na produção da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), depois de atingir os mínimos de vários anos. A Opep fará uma reunião de dois dias na quinta-feira (5) e na sexta-feira (6) em Viena.

Indicadores 

O primeiro boletim Focus de março mostra que o coronavírus já reduziu a projeção de crescimento da economia brasileira em 2020. A previsão caiu para 2,17% ante 2,20% na semana anterior. As projeções para a inflação também caíram, ainda que levemente. A variação do IPCA projetada para março recuou de 3,20% para 3,19%. Já a projeção do dólar para o fim do ano subiu de R$ 4,15 para R$ 4,20.

No caso da inflação, o Índice de Preços ao Consumidor – Semana (IPC-S) da Fundação Getulio Vargas (FGV) referente à semana encerrada em 29 de fevereiro caiu levemente, mostrando uma pequena retração de 0,01%. O IPC-S ficou 0,18 ponto percentual abaixo da taxa registrada na última divulgação. Com este resultado, o indicador acumula alta de 0,58% no ano e de 3,76% nos últimos 12 meses.

A FGV também divulgou, nesta segunda-feira, o Índice de Confiança Empresarial (ICE), que mostrou uma queda de 0,5 ponto em fevereiro, para 97,2 pontos, após oito meses em alta. Em médias móveis trimestrais, o índice manteve a tendência de alta e subiu 0,6 ponto.

Nos próximos dias o mercado vai apresentar muita volatilidade. De acordo com analistas, a pressão de alta devido à expectativa da ação dos bancos centrais vai se contrapor às eventuais notícias negativas sobre a expansão do coronavírus e sobre o impacto dessa expansão na economia. No caso do Brasil, espera-se uma sinalização mais forte do Banco Central (BC).

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