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Incerteza da economia cresce em fevereiro impactada por choques do exterior

(Foto: Shutterstock)

O Indicador de Incerteza da Economia (IIE-Br), calculado pela Fundação Getulio Vargas, subiu 2,2 pontos em fevereiro, para 115,1 pontos, maior nível desde setembro de 2019, quando chegou a 116,9 pontos. Se considerarmos a evolução em médias móveis semestrais, houve aumento de 0,2 ponto, para 112,3 pontos. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira(28), no Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre).

De acordo com informações da FGV, desde julho de 2015 o Indicador de Incerteza da FGV vem se mantendo acima do elevado patamar de 110 pontos, com uma média de 115 pontos, exceto pelo semestre set/17-fev/18 e em outros cinco meses isolados. Durante este período, na maioria das vezes, fatores relacionados ao ambiente interno sustentaram os níveis elevados de incerteza.

Nos últimos três meses, porém, os choques que levaram novamente o indicador à média dos últimos anos se originaram no exterior. “Primeiro, a guerra comercial EUA-China, depois o conflito EUA x Irã e, em fevereiro, a epidemia de coronavírus, com seus possíveis impactos sobre o desempenho da economia mundial em 2020”, afirma Aloisio Campelo Jr, Superintendente de Estatísticas Públicas da FGV IBRE.

A alta de 2,2 pontos em fevereiro se deu nos dois componentes do índice. O componente Mídia, que mede as notícias sobre a incerteza na economia na imprensa, contribuiu com 1,2 ponto para o aumento.

O outro ponto de acréscimo se deve às previsões dos analistas econômicos ouvidos na pesquisa Focus do Banco Central, que projeta números para a taxa de câmbio, a taxa Selic e a inflação. Essas avaliações são contabilizadas no componente Expectativas do indicador.

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