Na manhã desta quarta-feira (12), o IBGE divulgou a Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), com o movimento do varejo nacional em dezembro. O resultado veio abaixo das expectativas. Segundo o Instituto, as vendas encolheram 0,1% no último mês de 2019, ante projeções de um avanço de 0,2%. O crescimento de 1,8% no acumulado do ano veio em linha com as expectativas, embora tenha ficado abaixo do crescimento de 2,3% em 2018 e de 2,1% em 2017.
Boa parte da desaceleração ocorreu no setor de hipermercados, supermercados, alimentos, bebidas e fumo, onde o IBGE registrou uma queda de 1,2%. Segundo o Instituto, essa atividade, que representa 44% do movimento total do varejo, foi prejudicada pela alta dos preços da carne, que reduziu os negócios.
Segundo o IBGE, as vendas de dezembro de 2019 cresceram 2,6% em comparação com o resultado de dezembro de 2018. As explicações são a presença de recursos adicionais na economia, devido à liberação dos saques nas contas do FGTS a partir de setembro e ao aumento na concessão de crédito à pessoa física. Segundo o IBGE, o comércio ainda não se recuperou totalmente da crise de 2015 e 2016, mas tem mostrado o melhor desempenho desde outubro de 2014.
Considerando o varejo ampliado, que inclui vendas de veículos, autopeças e material de construção, a desaceleração de dezembro foi 0,8%.
Os sinais de desaceleração no varejo e as declarações cautelosas dos bancos centrais do Brasil e dos Estados Unidos mostram que ainda há mais dúvidas do que certezas em relação às perspectivas. Apesar de a economia americana dar sinais de vigor, no Brasil os indicadores são menos pujantes.
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