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Ata do Copom diz que recessão reduz velocidade de recuperação da economia

(Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil)

A ata da 228ª reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) divulgada na manhã desta terça-feira (11) confirmou as previsões dos economistas. A recessão prolongada afetou a oferta de bens e serviços. E, apesar de a inflação estar bem-comportada e dever permanecer assim, o impacto da recessão na economia e as mudanças no mercado de crédito reduziram o espaço para novas quedas de juros.

A Ata afirma que “os membros do Copom refletiram sobre o nível de ociosidade da economia. Alguns membros avaliaram que o esgotamento do modelo de alocação centralizada de capital e a longa duração da recessão podem ter produzido restrições de oferta. Nesse sentido, a dicotomia dos últimos dados sugere que pode haver menos espaço de ociosidade do que o mensurado por métodos tradicionais”. Ou seja, o Copom deixou claro que há menos espaço para errar em manter os juros baixos e estimular a economia por meio da política monetária.

A Ata do Copom não trouxe surpresas em relação ao corte de juros, mas chamou a atenção para as mudanças estruturais e de longo prazo na economia brasileira. Com menos entraves no crédito, a política monetária se tornará mais eficiente e ficará mais fácil controlar a inflação, sem ter de recorrer a altas expressivas de juros.

Os indicadores mostram que até haveria espaço para novas quedas de juros. Na manhã desta terça-feira, a Fundação Getulio Vargas (FGV) divulgou inflação zero na primeira prévia do Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) de fevereiro. Nos primeiros dez dias de janeiro, o IGP-M havia registrado uma inflação de 0,67%.

Na primeira prévia do mês, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) apresentou uma deflação de 0,15%, após ter subido 0,86 na primeira prévia de janeiro.

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) subiu 0,24%, após ter avançado 0,33% em janeiro. No caso do grupo Alimentação, os preços subiram apenas 0,10%, depois de terem avançado 1,03% em janeiro. Segundo a FGV, vale mencionar as carnes bovinas. Nos primeiros dez dias de janeiro, os preços haviam subido 3,29%. No mesmo período de fevereiro, os preços caíram 4,01%.

A única alta ocorreu no Índice Nacional da Construção Civil (INCC), cujos preços avançaram 0,37%, acima dos 0,20% de janeiro.

 

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