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Lucro do Santander chega a R$ 14,5 bilhões em 2019

(Foto: Divulgação)

O Banco Santander Brasil (SANB11) divulgou seu resultado do quarto trimestre e do acumulado de 2019 na quarta-feira (29). O lucro gerencial da instituição financeira atingiu R$ 3,726 bilhões, em linha com o que era esperado pelo mercado, R$ 3,739 bilhões. O retorno sobre capital próprio (ROE) foi de 21,3%  no trimestre, com crescimento marginal de 0,2 pontos percentuais no trimestre. Com isso, o banco espanhol fechou o ano passado com ganhos de R$ 14,5 bilhões, crescimento de 17,4% em relação a 2018.

A carteira de crédito, excluindo aval, fianças e instrumentos do mercado de capitais, atingiu R$ 331,601 bilhões, alta de 6,2% comparada com o trimestre anterior. O crescimento foi positivamente impactado pelo segmento de grandes empresas, que cresceu 8,1% no trimestre para R$ 97,198 bilhões.

A inadimplência acima de 90 dias apresentou melhora de 0,1 pontos percentuais no trimestre para 2,9% em virtude da melhor gestão de risco na concessão de crédito, combinada ao cenário macroeconômico favorável.

De forma geral, os resultados do Santander Brasil, terceiro maior banco privado do país, vieram em linha com o esperado. O spread da carteira de crédito do banco diminuiu 0,4 ponto percentual para 9,3% em virtude da menor taxa Selic no período, bem como a maior competição no setor.

O Banco Central (BC) tem buscado estimular a concorrência no setor, limitando as taxas de juros em determinadas linhas de crédito, como o cheque especial e fomentando o open-banking, em que os bancos terão acesso às informações sobre o perfil de risco e os custos cobrados dos clientes da concorrência, podendo oferecer linhas mais atraentes para os tomadores.

Um ponto de atenção no resultado foi o índice de eficiência, relação entre despesas gerais e receita, que aumentou para 41,1 por cento impulsionada por maiores despesas administrativas na contratação de serviços de tecnologia e marketing, sazonalmente maiores no último trimestre do ano.

O índice de Basileia de melhor qualidade (CET1) continua em um patamar confortável de 13%, mostrando a eficiência na alocação de capital ponderada pelo risco e sem a futura necessidade de aumento de capital, o que implicaria em diluição dos acionistas e menor ROE.

Apesar de um cenário de maior competição, o banco continua a entregar um ROE acima de 20% e apresenta um sólido crescimento da carteira de crédito, sem comprometer o risco de crédito das operações, visualizado nas menores despesas de provisão no trimestre: maiores despesas em uma instituição financeira e apresentaram queda de 5 por cento no trimestre para 13,069 bilhões de reais.

As ações da companhia sofreram após a divulgação do resultado, caindo 1,86 por cento. Essa parece ser uma nova tendência, devido a quantidade de incertezas que existem sobre a rentabilidade dos grandes bancos: resultados que não surpreendem acabam sendo penalizados.

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