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Lucro líquido da Cielo registra queda de 49,7% em 2019

(Foto: Divulgação)

A Cielo (CIEL3) divulgou na segunda-feira (27), após o fechamento do mercado, seus números referentes a 2019. A companhia aumentou o seu volume financeiro capturado no quarto trimestre em 12,6% na comparação com o mesmo período de 2018 e em 10,7% com base no terceiro trimestre.

A Receita Operacional Líquida em 2019 foi de R$ 12,5 bilhões, uma queda de 3,2% na comparação anual. Já as despesas operacionais totalizaram R$ 2,08 bilhões no ano, aumento de 23,3%.

Com isso, o seu Lucro Atribuível aos Controladores foi de R$ 1,580 bilhão, uma queda de 49,7% no comparativo com 2018. Já o seu Ebitda foi de R$ 3,01 bilhões, queda de 35,1%.

Os resultados vieram fracos e bem abaixo das expectativas do mercado, o que deve impactar negativamente o preço das ações no curto prazo. A previsão da companhia (guidance) era de lucro líquido de R$ 2,3 bilhões a R$ 2,6 bilhões em 2019, ou seja, o resultado reportado foi 30% abaixo do esperado.

O seu lucro líquido encolheu ao longo de 2019: R$ 548,5 milhões no primeiro trimestre, R$ 431 milhões de  no segundo trimestre, R$ 358,1 milhões no terceiro e R$ 242,4 milhões no quarto trimestre.

O aumento da concorrência e a “guerra das maquininhas” reduziu o poder de mercado da Cielo e a obrigou a jogar o jogo. Com isso, a empresa perdeu em volume e margem ao longo dos últimos três anos. Recentemente, a companhia comunicou que a sua estratégia frente à nova realidade do setor é expandir seu market share, o que manteve seu patamar de receitas constante de 2018 para 2019, mas reduziu suas métricas de margem EBITDA e líquida.

Em suma, o futuro da Cielo é bem nebuloso e com mais perguntas que respostas. A companhia vem sendo pressionada em preços pela concorrência e pressionada em custos trazendo clientes que não rentabilizam o negócio. O resultado disso a grande redução da rentabilidade, que vemos agora e vamos continuar a ver no futuro. A concorrência é muito forte, e o monopólio que era detido pela Cielo, com grandes barreiras de entrada, se foi para empresas muito mais de tecnologia e avançadas. A Cielo é uma empresa analógica em um setor digital e disruptivo.

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