A Priner, empresa que presta serviços industriais para empresas de óleo e gás e mineração, protocolou registro e prospecto preliminar para a sua oferta pública inicial de ações (Initial Public Offering – IPO) no Novo Mercado.
A Priner era uma divisão de negócios da Mills Estruturas e Serviços de Engenharia, que em 2013 foi vendida para um fundo de private equity da Leblon Equities, principal acionista da Priner.
Será a primeira operação considerada como “mini-IPO” com tamanho de oferta entre R$ 200 milhões e R$ 220 milhões e avaliação da empresa em R$ 500 milhões.
Pelo tamanho da oferta, a XP Investimentos será o único coordenador da oferta, sem oferta no exterior e com objetivo de alocação de 40% da oferta no varejo, o que reduz os custos da oferta.
O IPO da Priner é primeiro na linha de ofertas iniciais de pequeno porte, mas fora do ambiente do Bovespa Mais. O preço da oferta será definido em 13 de fevereiro.
O aumento do apetite do investidor brasileiro pelo investimento em ações, com forte fluxo de recursos para os fundos de ações (R$ 16,9 bilhões em dezembro e R$ 86,2 bilhões em 2019), vai possibilitar que os fundos locais possam ancorar as ofertas de ações sem a presença do investidor estrangeiro.
Atualmente existem fundos locais que tem mais de R$ 10 bilhões de ativos sob gestão, assim esses fundos podem ancorar sozinhos uma oferta de pequeno porte restrita ao mercado local. Os custos da oferta serão menores sem os esforços de venda no exterior.
Esse primeiro “mini-IPO” da Priner vai funcionar como um teste para o apetite dos investidores locais e para a liquidez das ações de empresas menores na Bolsa. Pode ser a oportunidade para empresas menores acessarem um mercado de capitais ainda mais desenvolvido no Brasil, sem ficar restrito às grandes companhias e sem a dependência dos investidores estrangeiros.
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