O mercado penalizou duramente os papéis do Banco Inter nesta segunda-feira (4), após a divulgação da prévia operacional do terceiro trimestre, fazendo com que as units (BIDI11) da companhia caíssem 13,42% no pregão, de R$ 51,88 para R$ 44,24. As ações ordinárias (BIDI3) cederam 12,95%, e as preferenciais (BIDI4), 13,55%.
Isso porque a expansão do banco no período, apesar de bastante expressiva, ficou aquém das expectativas em alguns segmentos, com destaque para os investimentos e seguros. De acordo com a prévia, o Inter atingiu a marca de 1,8 milhão de investidores no trimestre, crescimento de 6% na comparação com o trimestre anterior e 83% na comparação anual. Já no segmento de seguros, o banco chegou a 683 mil clientes ativos em sua carteira, e registrou 244 mil vendas no período, o que equivale a um crescimento de 9% na comparação trimestral.
Outro fator relevante para a queda é a alta nas taxas de juros oferecidas pelos ativos de renda fixa, que impacta mais negativamente as fintechs e os bancos menores do que os grandes bancos, bons pagadores de dividendos que contam com margens de lucro mais robustas.
Mesmo frustrando as expectativas dos investidores, o Inter continua apresentando um crescimento saudável, e recentemente captou 5,5 bilhões de reais em um follow-on (oferta pública subsequente de ações), e deve seguir com sua estratégia de expansão por meio de investimentos e lançamento de novos produtos.
Nesta terça-feira (5), as ações ensaiavam uma recuperação, mas a retomada era tímida em comparação com o tombo da véspera, com as units subindo 3,14% às 13h50 (horário de Brasília).
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