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Morgan Stanley prevê PIB anêmico em 2022, mas sem recessão

O departamento de economia do Morgan Stanley reduziu a projeção de crescimento do PIB brasileiro em 2022, de 1,2% para 0,5%, na esteira da proposta de mudança na regra do teto de gastos para viabilizar o aumento do Auxílio Brasil, o que obrigará o Banco Central a manter a taxa básica de juro elevada em um cenário fiscal incerto.

Apesar do crescimento fraco, os economistas não veem uma recessão acontecendo em 2022. “O consumo – tanto privado quanto do governo – provavelmente mais do que compensará a contração que projetamos no investimento”, escrevem Andre Loes e Thiago Machado, em relatório publicado nesta sexta-feira (29). A estimativa para a expansão do PIB neste ano foi revisada de 5,2% para 4,8%.

Sem credibilidade na âncora fiscal, a dupla do Morgan Stanley acredita que o Comitê de Política Monetária do Banco Central precisará subir a taxa Selic em um ritmo mais rígido do que o previsto anteriormente, encerrando o ciclo de aperto monetário em 11% ao ano, possivelmente em março de 2022.

“Isso deve ser suficiente para conter uma grande piora adicional das expectativas para a inflação de 2022 e, mais importante, assegurar que as expectativas para 2023 permaneçam ancoradas em torno da meta.”