Os problemas que têm causado a alta de preços nos Estados Unidos devem ser corrigidos até meados de 2022, permitindo que a inflação termine o próximo ano perto da meta do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos), conforme avalia a equipe do banco Inter.
Na visão de Rafaela Vitória, economista chefe do banco, e do estrategista Daniel Arruda, a alta inflação nos EUA reflete, principalmente, os gargalos de oferta na economia americana, frutos de um descasamento entre a retomada acelerada da demanda dos consumidores e a recuperação mais lenta da capacidade de operação das empresas.
Essa lentidão da retomada das empresas se deve a 3 fatores principais: a escassez de semicondutores no mercado global, componentes fundamentais para a produção de automóveis e eletrônicos, gargalos no transporte internacional de cargas, que fizeram os fretes dispararem, e a escassez de mão de obra nos Estados Unidos, que vem forçando as empresas a oferecerem salários mais altos para atrair trabalhadores.
A expectativa, entretanto, é que esse cenário passe por uma normalização durante o primeiro semestre de 2022, com o crescimento da oferta de semicondutores, a diminuição dos fretes devido ao descongestionamento dos portos e o aumento da busca por emprego com a pandemia sob controle.
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