A Perfin Investimentos vê o episódio envolvendo a troca de comando da Petrobras (PETR4, PETR3) como mais um sinal controverso de governança corporativa, que justifica a decisão da gestora em não comprar ações da estatal mesmo diante da valorização do preço do petróleo.
Em carta a clientes divulgada nesta quarta-feira (24), a Perfin conta que, desde o início da retomada da cotação da commodity em novembro de 2020, notou um conflito de interesses entre governo e minoritários caso o petróleo subisse (como ocorreu) em um cenário ruim de inflação, contaminado pelo lobby dos caminhoneiros no diesel.
“Instalou-se uma situação onde o governo ou iria agradar os administradores da companhia (que são pró-livre mercado) e acionistas minoritários, liberando reajustes de preço da gasolina e diesel acompanhando a paridade internacional, ou iria agradar de forma populista a classe dos caminhoneiros e tentar controlar a inflação de forma heterodoxa. Infelizmente, venceu a política populista.”