A decisão do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) de elevar a Selic em 0,75 ponto percentual, para 2,75% ao ano, surpreendeu boa parte do mercado, uma vez que a maioria apostava em uma alta de 0,50 ponto percentual.
Para André Perfeito, economista-chefe da corretora Necton, havia “bons motivos para se imaginar uma alta mais forte”. Na visão dele, o Copom optou por ficar à frente da curva [dos juros futuros], acelerando o passo do aperto monetário, mas sem mudar a magnitude do ciclo.
“Mantemos nossa projeção de Selic a 5% ao fim de 2021, mas agora acreditamos que será através de altas de 75 pontos-base e não mais de 50 pontos. Serão mais 3 altas de 75 em nosso cenário base”, diz Perfeito.