A cidade de São Paulo tinha 150 pacientes na fila por leitos de enfermaria e em unidades de terapia intensiva (UTIs) de hospitais públicos – estaduais e municipais, na noite de quarta-feira (3). Pela manhã, a lista de espera chegou a ter 450 nomes – normalmente são 250 pedidos pela manhã. O secretário municipal de Saúde, Edson Aparecido, diz que vai monitorar a tendência nos próximos dias. A alta de infecções também levou à abertura de mais leitos esta semana.
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Conforme a pasta, os números de espera por vaga são dinâmicos e a Central de Regulação de Urgências atua 24 horas por dia para organizar os pedidos de transferência. O sistema de saúde paulistano recebe muitos pacientes vindos de fora da capital. Aparecido estima que 22% dos pacientes não eram residentes em São Paulo. A alta de casos no interior também pressiona os hospitais do Estado.
A Prefeitura diz que abriu na segunda 124 leitos – 100 de UTI e 24 de enfermaria, exclusivos para a covid-19. No Hospital da Brasilândia, na zona norte, 34 leitos de enfermaria foram transformados em UTI. Antes da pandemia, segundo a pasta, a cidade tinha 507 UTIs. No auge da crise sanitária, eram 1.340.
Interior
A Secretaria da Saúde do Estado afirma apoiar eventuais deslocamentos de pacientes entre hospitais ou cidades, quando preciso. Nos últimos sete dias, segundo a pasta, a média foi de 738 regulações do tipo. Cidades como Araraquara, onde houve um lockdown de seis dias, enviam pacientes para outros municípios.
Campinas requisitou o Hospital Metropolitano da cidade e seus equipamentos. A decisão foi publicada no Diário Oficial e anteontem agentes municipais impediram a entrada de funcionários. A diretoria da unidade repudiou a ação e pediu na Justiça a reintegração de posse. Em 2020, a unidade teve convênio com a prefeitura para pacientes com covid e, no momento, estava fechada após o fim do acordo.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Por Pablo Pereira, Marco Antônio Carvalho e Everton Sylvestre, especial para o Estadão
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