Criado com objetivo de ser uma frente suprapartidária de oposição ao governo Jair Bolsonaro (sem partido), o movimento “Direitos Já, Fórum da Democracia” instalou ontem um conselho político com representantes de 14 partidos. O coletivo, que é coordenado pelo sociólogo Fernando Guimarães, vai elaborar manifestos e promover atos de protesto contra ações do Palácio Planalto que, segundo eles, atentem contra a “democracia e os direitos fundamentais”.
O primeiro grande evento do ano foi marcado para o dia 30 de março, véspera do aniversário do golpe militar de 1964, em São Luís do Maranhão. O tema será a educação e o principal alvo, o ministro Abrahan Weintraub, titular da pasta. Chefe do executivo do estado, Flávio Dino (PCdoB) é o governador que faz a oposição mais dura a Bolsonaro. Ele é apontado entre líderes da esquerda como presidenciável em 2022 ou vice em uma chapa liderada pelo PT.
O “Direitos Já” também é visto por seus integrantes como um laboratório que visa buscar convergências para a formação de uma frente ampla anti-Bolsonaro nas próximas eleições presidenciais. A reunião de ontem teve um caráter “ecumênico” e reuniu antigos adversários políticos.
Estavam presentes, entre outros, o deputado federal Vinícius Poit (Novo-SP), o senador Armando Monteiro (PTB-PE), o deputado federal Raul Henry (MDB-PE), a vereadora Soninha Francine (Cidadania-SP), o presidente nacional do PV, José Luiz Penna (SP) e o ex-presidenciável da sigla, Eduardo Jorge (SP), o porta-voz nacional da Rede Sustentabilidade, Pedro Ivo (DF), o ex-senador José Aníbal (PSDB), o vereador Eduardo Suplicy (PT) e o ex-governador do Espírito Santo, Paulo Hartung (sem partido).
Na reunião de lançamento do movimento, em maio do ano passado, Guimarães reuniu cerca de 40 convidados. Entre eles estavam o ex-ministro Aloizio Mercadante, o ex-prefeito Fernando Haddad e o ex-ministro da Justiça José Gregori (PSDB). A ex-prefeita Marta Suplicy (sem partido) se uniu mais tarde ao “Direitos Já” para, segundo ela, formar uma frente ampla de centro esquerda contra Bolsonaro.
Por Pedro Venceslau
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