A uma plateia de evangélicos, o presidente da República, Jair Bolsonaro, disse neste sábado, dia 8, que sua trajetória no governo federal é marcada por “ataques, perseguições e incompreensões”.
“Sabia que não ia ser fácil. Perseguições teriam, ataques e incompreensões, lutas por poder, mas sabia, acima de tudo, que teria sempre o povo ao nosso lado”, afirmou o presidente, convidado para subir ao palco do evento The Send Brasil.
Bolsonaro afirmou que houve uma mudança no País com sua eleição e que o governo agora respeita os valores familiares e “é temente a Deus”. Ele disse que, a partir de sua posse no Palácio do Planalto, “palavras proibidas” – Deus, família e pátria – “começaram a se tornar comuns”.
“Temos um governo que respeita os valores familiares. Temos um governo que deve lealdade a seu povo e, acima de tudo, que é temente a Deus. O Estado pode ser laico, mas Jair Bolsonaro é cristão.”
Após a queixa e o aceno aos evangélicos, Bolsonaro pediu mais apoio ao público protestante presente no Estádio Nacional Mané Garrincha e agradeceu os votos recebidos nas eleições de 2018 – o segmento religioso foi um de seus pilares na campanha.
“Vocês decidiram, vocês foram ponto de inflexão há dois anos, decidindo mudar o destino do Brasil”, afirmou. “Chegamos lá, mas não basta. Uma andorinha só não faz verão, mas todo verão começa com uma andorinha. O verão de 2018 será cada vez mais forte. Passamos a acreditar nas instituições e na maneira séria e honesta de fazer política. Vocês são os responsáveis por isso”.
O presidente emocionou-se no palco e, sem citar o episódio da facada que levou em Juiz de Fora (MG) durante a campanha eleitoral de 2018, creditou a Deus o motivo de estar vivo.
“Se eu não sei como estou aqui, algo muito, mas muito importante, me conforta: Deus sabe. Nada fazemos se não for por ele. Ninguém esperava que uma pessoa da minha origem, da minha atividade política conseguiria vencer o verdadeiro mecanismo, mais conhecido como establishment”, disse.
Por Felipe Frazão
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