As três mutações do novo coronavírus, descobertas no Reino Unido, Brasil e África do Sul, representam um elevado risco do aumento do número de infecções na Europa que podem ter como consequência um aumento significativo nas internações e mortes, informou ontem o Centro Europeu de Prevenção e Controle de Doenças (ECDC) – uma agência ligada à União Europeia.
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Cientistas que analisaram o problema afirmam que essas mutações são mais transmissíveis e já foram detectadas em diversos países europeus. “Estamos vendo a deterioração epidemiológica em áreas onde já há a transmissão das variantes do Sars-Cov-2”, advertiu a diretora do centro, Andrea Ammon. Segundo ela, “a elevação do número de infecções vai levar ao aumento de internações e taxas de mortes em pessoas de todas as idades”.
A diretora ressaltou ainda que todos os países integrantes da União Europeia devem “preparar seus sistemas de saúde para a escalada da demanda”. O Reino Unido e depois dele vários outros países europeus já fecharam as suas fronteiras ou estão cogitando adotar essa medida para evitar a propagação, em seus territórios das variantes mais transmissíveis. Atenta a essas iniciativas, a Comissão Europeia já afirmou que tais barreiras só prejudicarão seus mercados.
O ECDC alertou para que sejam feitas somente viagens essenciais e insistiu para que os governos europeus acelerem o ritmo de vacinação de suas populações contra a covid-19 para os grupos de risco, como os idosos e os profissionais da área de saúde.
Em seu comunicado, Ammon disse ainda que o distanciamento social, a vigilância, o sequenciamento genético, o rastreamento rigoroso e a quarentena são medidas ainda mais necessárias para que seja efetivamente freada a transmissão das novas mutações no continente europeu.
Coordenação
O chanceler austríaco, Sebastian Kurz, um político conservador, pediu que se organize uma forte coordenação na União Europeia para evitar a transmissão das mutações do coronavírus. “É preciso fazer o possível para evitar que mais mutações, como a do Brasil, entrem na Europa”, advertiu.
Quanto às medidas para as fronteiras internas, Kurz afirmou que seu governo favorece normas mais claras para evitar a propagação do vírus. Ele apoia as propostas da Alemanha de controles de fronteiras mais rígidos e testes obrigatórios.
O chanceler reiterou, ainda, o desejo de pressionar a Agência Europeia de Medicamentos (EMA) para que se aprove rapidamente o uso da vacina de Oxford/AstraZeneca.
Segundo ele, “desde 12 de janeiro a Agência Europeia de Medicamentos possui todos os dados a respeito da AstraZeneca. Na verdade, não há nada mais que se interponha no caminho da aprovação”.(COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Por Redação, O Estado de S.Paulo
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