A Intenção de Consumo das Famílias (ICF), indicador calculado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), avançou 0,7% em janeiro ante dezembro de 2020, para 73,6 pontos, informou nesta quinta-feira (14) a entidade. Foi a quinta alta consecutiva.
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Mesmo com a sequência positiva, o ICF ainda registra estragos da crise causada pela covid-19: o indicador registrou o pior desempenho para um mês de janeiro desde o início da série histórica, em 2010. No comparativo anual, houve recuo de 24,2% ante janeiro de 2020, antes de a pandemia se abater sobre a economia. É a décima retração consecutiva nessa base de comparação.
E o quadro anterior à covid-19 tampouco era dos melhores. O ICF está abaixo do nível de satisfação (100 pontos) desde abril de 2015, destacou a CNC.
Segundo a entidade, desagregando o ICF, os indicadores relacionados ao momento atual alcançaram em janeiro os melhores níveis dos últimos meses. O item que mede a satisfação com o emprego cresceu 0,2% e chegou a 88,9 pontos – o maior nível desde maio de 2020.
O subíndice relacionado à renda está no nível mais alto desde junho do ano passado. O subíndice que avalia a perspectiva profissional dos brasileiros registrou o sexto avanço consecutivo (0,7%) e atingiu o maior patamar desde abril de 2020 (88,6 pontos).
“A recuperação gradual da percepção do mercado de trabalho no curto prazo já se reflete positivamente, e de forma mais intensa, nas perspectivas para os próximos seis meses em relação ao futuro profissional”, diz a nota divulgada pela CNC.
Entre os itens que compõem as condições de consumo, o Momento para Duráveis foi o destaque. Segundo a CNC, o item teve o maior crescimento mensal da pesquisa (4,4%), após duas retrações consecutivas, e atingiu o maior nível desde maio último. Mesmo assim, é o componente de menor pontuação no ICF (46,6 pontos).
Já o componente Acesso ao Crédito teve o segundo aumento em sequência (0,4%) e fechou o mês com 86,6 pontos – o maior resultado desde junho de 2020. O Nível de Consumo cresceu 1,3% – o quinto aumento consecutivo -, chegando à sua melhor pontuação desde maio do ano passado (56,9 pontos), informou a CNC.
Por Vinicius Neder
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