O Ibovespa cedia à realização de lucros nesta segunda-feira (11), oscilando na faixa dos 123 mil pontos, em meio à aversão ao risco generalizada nos mercados após fortes ganhos recentes. O aumento no número de casos de Covid-19 e a instabilidade política nos Estados Unidos preocupam investidores em todo o mundo.
As ações de blue chips, como bancos e siderúrgicas, que se destacaram no rali da primeira semana de 2021, pesavam sobre o Índice Bovespa nesta sessão, enquanto os papéis da Hapvida (HAPV3) e da NotreDame Intermédica (GNDI3) continuam protagonizando a ponta positiva da Bolsa, após a confirmação de que as empresas negociam uma possível fusão. A Hapvida realiza ainda nesta tarde uma teleconferência para apresentar mais detalhes sobre a potencial transação.
A seguir, leia os principais destaques corporativos do pregão desta segunda-feira:
Hapvida e Intermédica: A união das operadoras Hapvida (HAPV3) e Grupo Notredame Intermédica (GNDI3), que está sendo negociada, traz, à primeira vista, uma maior concentração no mercado de planos de saúde. Mas, para o presidente da Hapvida, Jorge Pinheiro Koren de Lima, é uma operação que pode ser positiva não apenas para as empresas, mas também para os clientes, já que eventuais ganhos de sinergia seriam repassados aos preços. Juntas, as duas empresas teriam um valor de mercado de R$ 120 bilhões e receita líquida anual na casa dos R$ 18 bilhões. As ações da Hapvida subiam 5,18%, cotadas a R$ 17,65. Já as ações da Intermédica tinham avanço com 6,86% de variação e cotação de R$ 97,74.
Banco do Brasil: O Banco do Brasil (BBAS3) informou ao mercado nesta segunda-feira que aprovou um plano de reorganização para ganhos de eficiência operacional que prevê, entre outras medidas, o fechamento de 112 agências da instituição, além da criação de um Programa de Adequação de Quadros (PAQ) e de um Programa de Desligamento Extraordinário (PDE). O banco diz que a implementação plena das medidas deve ocorrer durante o primeiro semestre deste ano. As ações do BB recuavam 0,75%, cotadas a R$ 39,46.
Movida: A Movida (MOVI3) divulgou suas prévias operacionais referentes ao quarto trimestre de 2020. Nos serviços de locação de veículos (RAC) e gestão e terceirização de frota (GTF), a receita líquida do período ficou em R$ 500,8 milhões, avanço de 9,6% em relação aos três últimos meses de 2019. Os papéis da companhia subiam 3,48%, a R$ 20,80.
Qualicorp: A Qualicorp (QUAL3) informou que o Supremo Tribunal Federal homologou o acordo de colaboração premiada de José Seripieri Filho, fundador da companhia, firmado junto à Procuradora Geral da República em dezembro. Os papéis da da empresa caíam 1,74%, a R$ 33,26.
RD Station: As empresas de tecnologia Totvs (TOTS3) e Locaweb (LWSA3) estão na disputa final para a aquisição da RD Station, startup com sede em Florianópolis (SC), líder do segmento de marketing digital, área que tem crescido a passos largos no Brasil, apurou o Estadão. A empresa é controlada por um dos maiores fundos globais focados em tecnologia, o americano Riverwood, que nos últimos anos tem se mostrado ativo no Brasil. Segundo estimativas, o negócio poderá envolver desembolso de R$ 1 bilhão. Os papéis da Totvs avançavam 0,46%, a R$ 28,13. Já os da Locaweb disparavam 7,52%, a R$ 85,00.
PetroRio: A PetroRio (PRIO3) apresentou uma produção diária de 31.734 barris de óleo equivalente em dezembro, uma alta de 16,3% ante os 27.293 barris por dia em novembro, conforme dados operacionais preliminares divulgados. Ao longo de 2020, a produção diária foi de 26.570 boepd. No quarto trimestre de 2020, chegou a 29.990 boepd. As ações da PetroRio subiam 8,82%, cotadas a R$ 81,02.
Petrobras: A Petrobras (PETR4) ultrapassou os quatro mil funcionários infectados pelo covid-19, sendo 3.730 já recuperados, aumentando a insatisfação dos empregados em relação às medidas de prevenção à doença. De acordo com o Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense (Sindipetro-RJ), as notícias de desembarque das plataformas por infecção têm sido constantes. As ações da companhia caíam 0,96%, a R$ 30,82.
Mercado livre: A pandemia, que obrigou a população do mundo inteiro a fazer mais compras pela internet em função das medidas de isolamento, transformou o e-commerce Mercado Livre, que já era uma das empresas mais valiosas da América Latina, em um titã regional. Do início da crise da covid-19, em março, até agora, o valor de mercado da companhia, listada desde 2007 na bolsa americana Nasdaq, saltou de US$ 27 bilhões (R$ 145 bilhões) para quase US$ 77 bilhões (R$ 415 bilhões), uma alta de 185%.
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