A XP Investimentos calcula que uma possível venda de escolas da Saber, divisão de educação básica da Cogna (COGN3), para a Eleva Educação poderia reduzir a dívida líquida da empresa em R$ 1,4 bilhão, o que diminuiria seu endividamento (dívida líquida sobre Ebitda – lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) para 1,9 vez em 2021, ante estimativa atual da corretora de 3,1 vezes.
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A Cogna, também dona de Anhanguera, Unopar e Pitágoras, confirmou nesta semana que negocia uma potencial transação junto à Eleva Educação, na qual poderia vender escolas de educação básica e comprar sistemas de ensino da Eleva. No entanto, “a Cogna e a Saber informam ainda que nenhum documento vinculante a respeito da transação foi assinado até a presente data e que não há qualquer garantia de que um acordo será alcançado entre as partes”.
A conta da XP avalia que a eventual venda da Saber à Eleva poderia implicar em uma entrada de caixa de R$ 1,8 bilhão, ao passo que a eventual compra dos sistemas de ensino da Eleva poderia representar uma saída de R$ 400 milhões – daí a cifra de R$ 1,4 bilhão.
“As notícias, se a transação for confirmada, podem ser positivas em termos de alavancagem, porém não suficientes para compensar o fluxo de notícias negativas vindos da pressão de curto e médio prazo sobre os resultados que esperamos”, dizem os analistas Vitor Pini, Marcella Ungaretti e Matheus Soares, em relatório.
Para os analistas, a queda nas receitas do ensino superior (Kroton) em meio ao receio de nova onda de Covid-19 pesa sobre os resultados da companhia, mesmo com o crescimento dos negócios em educação básica por meio de Vasta e Saber.
A XP tem recomendação “neutra” para Cogna, com preço-alvo de R$ 5,10 ao fim de 2021.
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