A agência de classificação de risco Fitch Ratings colocou em “observação negativa” a nota de crédito de longo prazo da AES Brasil (TIET11) após a compra de complexos de energia eólica.
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“A observação negativa incorpora a maior pressão à qual o perfil financeiro da AES Brasil estará submetido, em bases consolidadas, caso a aquisição dos complexos eólicos da Cúbico se concretize”, informa a agência de risco, em nota.
A AES Tietê firmou contrato com a Cúbico Brasil para a aquisição pela AES Brasil da totalidade das ações das sociedades de propósito específico (SPE) que compõem o Complexo Eólico MS e o Complexo Eólico Santos. Segundo a empresa, o valor total da aquisição é de até R$ 806 milhões, sendo R$ 529 milhões de equity; e assunção da dívida líquida do Projeto de R$ 277 milhões (data base dezembro de 2019).
Nos cálculos da Fitch considerando a operação, o indicador de dívida líquida sobre Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) do grupo poderia subir para 3,9 vezes em 2021 e em 3,8 vezes em 2022, ante estimativa anterior de 3,3 vezes em ambos os anos.
São “patamares incompatíveis com a atual classificação” de risco da AES Brasil. Na prática, segundo a agência, caso a compra seja financiada por dívida, os “ratings deverão ser rebaixados em um grau”. Por outro lado, “caso recursos não onerosos sejam utilizados na operação, a observação negativa deverá ser removida”.
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