O presidente da República, Jair Bolsonaro, afirmou nesta terça-feira, 15, que, enquanto estiver na presidência da República, a Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp) não será privatizada. Durante visita técnica em que reinaugurou a Torre do Relógio, o chefe do Executivo enalteceu a “nova dinâmica” da empresa com a gestão do seu indicado, o coronel da Polícia Militar Mello Araújo.
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“Aqui, quando se fala em privatização, quero deixar bem claro, enquanto eu for presidente da República, essa é a casa de vocês”, disse ele. “Nenhum rato vai querer sucatear isso aqui para poder privatizar para seus amigos, não tem espaço para isso aqui, deixo bem claro”, declarou.
O presidente destacou que antes “os mais humildes” que trabalhavam na Ceagesp eram “extorquidos”, mas que aos poucos o governo está mudando o País. “É inadmissível um entreposto como esses estar na mão de político que se usa disso”, disse.
Bolsonaro elogiou e rebateu críticas sobre a indicação de Mello Araújo. “Quando apontei o coronel, vieram burocratas falar comigo que ele não era gestor. Primeiro, você conhece o coronel? Não conhece? Então, cala a boca”, disse. Ele afirmou em seguida que é preciso um “trabalho de polícia” para combater os “bandidos” dentro da companhia.
Segundo o presidente, Mello Araújo recebeu “carta branca” para atuar e tem feito um trabalho “magnífico” no comando da empresa federal. “Ao trazermos para cá um ambiente de negócios sadio, na ponta da linha diminui o preço da mercadoria”, ressaltou. Bolsonaro também citou que demorou para fazer mudanças na direção da companhia por conta da “burocracia” e “interesses” envolvidos.
Em tom populista, Bolsonaro também ressaltou que deve lealdade ao povo e que, em geral, tem sido recebido com simpatia, mas eventuais vaias fazem parte da “regra do jogo”. Durante a visita, Bolsonaro lembrou ainda que o governo não “compactua” com a corrupção e que há dois está sem casos do tipo em sua gestão.
O chefe do Executivo anunciou ainda que o entreposto ganhará uma agência da Caixa Econômica. No momento do anúncio, chegou a esquecer o sobrenome do presidente do banco, Pedro Guimarães, e foi lembrado pelo próprio.
Por Emilly Behnke
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