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Ibovespa inverte e fecha em alta, aos 111.878 pontos

(Foto: Espaço B3/Divulgação)

O Ibovespa inverteu a trajetória para a alta em uma arrancada que colocou o indicador na casa dos 112 mil pontos no início da tarde desta quarta-feira. No entanto, as preocupações dos investidores com relação às questões fiscais e com os pares em Nova York mostrando claudicância, fizeram com que o ritmo do índice à vista do mercado acionário brasileiro, ainda que em terreno positivo, se mantivesse comedido. Dessa forma, o Ibovespa encerrou a sessão em alta de 0,43%, aos 111.878,53 pontos.

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Para Ariane Benedito, economista da CM Capital, o Ibovespa mostra lateralização. Ela lembra que, em fevereiro passado, um pouco antes da derrocada dos ativos no mercado financeiro, chegou a bater os 112 mil pontos, chegando à máxima dos 116 mil pontos. “Já estamos em recuperação. Isso dá sinal de que a Bolsa tem força, vai superando a crise, mas segue reagindo a cenários internos”, diz. Na sua avaliação, hoje, embora tenha mostrado ímpeto em uma etapa da sessão de negócios mais cedo, as questões fiscais que não têm definição ainda seguem no radar e têm potencial de mexer com os ativos.

Na parte da tarde, o Tribunal de Contas da União (TCU) votou para que créditos extraordinários contra covid-19 possam ser executados até 31 de dezembro do ano que vem. O ministro Bruno Dantas afirmou que as ações de combate à covid e a consequente crise econômica serão necessárias até o fim de 2021. O plenário do TCU aprovou propostas para execução de gastos de 2020 até 31/12/21.

“Mas, apesar da aprovação, não quer dizer que haverá a execução. Antes é preciso votar a LDO Lei de Diretrizes Orçamentárias e o próprio Orçamento do ano que vem para depois ver o que deve vir de adicional”, ressalta a economista.

Já a agência de classificação de risco S&P Global Ratings reduziu a projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro de 3,5% para 3,2% e enfatizou que, com a relação dívida bruta/PIB acima de 90%, estender auxílio emergencial será muito negativo para os ativos brasileiros. Por outro lado, indicou que a economia do país foi melhor do que anteciparam, mas que a retirada de auxílio vai pesar.

O principal gatilho para a Bolsa segue sendo o fluxo de investidores estrangeiros. De acordo com a B3, foram mais R$ 650,489 milhões entrando durante a sessão da segunda-feira, 30, confirmando novembro como o mês mais positivo na história da série de dados mensais, que vem desde o ano de 1995. O montante líquido total de entrada ficou em R$ 33,323 bilhões, resultado de compras de R$ 352,555 bilhões e vendas de R$ 319,232 bilhões. No acumulado do ano de 2020 o número ainda é negativo, mas caiu de R$ 84,887 bilhões ao fim de outubro para R$ 51,563 bilhões agora.

Por Simone Cavalcanti

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