A Petrobras ainda espera fechar em 2020 o acordo de coparticipação com as sócias chinesas CNOOC e CNODC no campo de Búzios, no pré-sal da Bacia de Santos, reforçou o diretor de Exploração e Produção da Petrobras, Carlos Oliveira, durante o Petrobras Day. As negociações envolvem também a PPSA, empresa que representa a União nos projetos do pré-sal.
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“As negociações estão progredindo muito bem. Ainda acreditamos que poderemos chegar a um denominador comum até o fim deste ano e depois obter a aprovação da ANP (Agência Nacional do Petróleo) no início de 2021”, afirmou Oliveira, que mencionou especificamente o primeiro ou segundo trimestres para o aval da agência.
Questionado por analistas sobre a chance dos termos do acordo de coparticipação acabarem sendo resolvidos por meio de uma arbitragem na ANP, Oliveira disse que a Petrobras não vislumbra essa hipótese.
O acordo de coparticipação funciona como um acerto de contas da estatal com as parceiras, que devem ressarci-la por investimentos realizados antes delas entrarem no projeto. O campo de Búzios foi descoberto pela Petrobras em 2010, mas com o avanço da exploração ao longo de anos, a empresa constatou que o reservatório excedia o volume sob sua responsabilidade. No ano passado, o governo vendeu em leilão o direito de produção na extensão do reservatório.
O valor da compensação não foi definido previamente ao leilão e o mercado está atento ao montante que deve ser pago e entrará no caixa da Petrobras. Na call com analistas, Oliveira afirmou que a Petrobras calcula receber valores referentes à compensação a partir de 2021.
Por Mariana Durão e Wagner Gomes
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