Após 12 dias de operação restrita, na qual apenas alguns clientes selecionados pelas instituições financeiras puderam testar o sistema, entra no ar hoje, para todo mundo, o Pix, novo sistema de pagamentos instantâneos criado pelo Banco Central (BC).
A ideia é que ele torne as transações financeiras mais simples e rápidas – as pessoas terão apenas de cadastrar uma “chave” (senha individual) no banco no qual têm recursos depositados e usar o próprio telefone celular para efetuar pagamentos ou transferências.
Para o BC, a entrada do novo sistema de pagamentos tem potencial de provocar uma mudança significativa no País. Entre outros pontos, a instituição acredita que o Pix vai baixar o custo e aumentar a segurança das transações; elevar a competitividade e a eficiência do mercado; incentivar a digitalização dos pagamentos no varejo; e promover a inclusão financeira da população.
Também tem o potencial de reduzir o dinheiro em espécie em circulação, o que já traria uma boa economia. “O papel-moeda é caro para autoridade monetária e para sistema financeiro. Transportar papel-moeda em um país continental é caríssimo, estimamos um gasto de cerca de R$ 10 bilhões por ano com empresas de transporte de valores, sem contabilizar outros custos de segurança pública”, disse, na semana passada, o diretor de organização do sistema financeiro e resolução do Banco Central, João Manoel Pinho de Mello.
COMO FUNCIONA
O Pix é um sistema de pagamentos instantâneos criado pelo Banco Central. É um meio de pagamento, assim como são os boletos, a TED, o DOC, as transferências entre contas e os cartões de pagamento (de débito ou de crédito). A diferença é que o novo sistema permite que a operação seja feita em qualquer horário e com mais rapidez.
A expectativa do Banco Central é de que as operações sejam liquidadas em até 10 segundos. Isso significa que, quando um cliente pagar um restaurante durante a madrugada com o Pix, o dinheiro cairá quase instantaneamente na conta do estabelecimento. O Pix não é um aplicativo, mas um meio de pagamento que será oferecido pelos prestadores de serviço de pagamento, como bancos e fintechs, em seus diversos canais de acesso, principalmente o celular.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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