O dólar abriu esta terça-feira, 27, com viés de baixa, seguindo a tendência no exterior, mas passou a exibir um viés de alta em meio aos ajustes iniciais e um compasso de espera pela reunião de dois dias do Copom, que começa hoje. A aposta majoritária do mercado é de manutenção da Selic em 2,00% agora, mas de alta na reunião de dezembro. Por isso, os investidores vão olhar especialmente a percepção do BC sobre a situação fiscal e a escalada dos preços no comunicado da reunião, amanhã.
Hoje o IPC-Fipe, que mede a inflação na cidade de São Paulo, mostrou aceleração de 1,10% na terceira quadrissemana de outubro, de 1,05% na quadrissemana anterior.
No exterior, a cautela com o avanço da covid-19 pressiona principalmente as bolsas europeias, enquanto euro e libra mostram viés de alta frente o dólar em meio à indefinição sobre um novo pacote fiscal nos Estados Unidos. O dólar recua predominantemente também frente divisas emergentes e ligadas a commodities, que mostram pouca tração após um crescimento em ritmo mais lento do lucro das empresas industriais da China, uma vez que o setor de exportação do país enfrentou desafios com a reabertura de fábricas no exterior.
O lucro industrial chinês subiu 10,1% em setembro na comparação com o mesmo mês do ano passado, abaixo do crescimento de 19,1% reportado em agosto, informou o Escritório Nacional de Estatísticas (NBS, pela sigla em inglês). Nos primeiros nove meses do ano, as empresas industriais chinesas ainda registram uma queda de 2,4% no lucro.
Às 9h21 desta terça, o dólar à vista subia 0,06%, a R$ 5,6190. Na mínima, caiu a R$ 5,6005 (-0,26%) e, na máxima, subiu a R$ 5,620 (+0,09%).
Por Silvana Rocha
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