O Tesouro Nacional apresentou nesta terça-feira, 28, o Plano Anual de Financiamento (PAF) de 2020, com as metas para a gestão da Dívida Pública Federal (DPF) neste ano. O documento estipula que o estoque da DPF fique entre R$ 4,500 trilhões e R$ 4,750 trilhões até o fim de 2020. O estoque da DPF fechou 2019 em R$ 4,248 trilhões.
Para os papéis remunerados pela Selic, o PAF prevê uma participação de 40% a 44% em 2020, o que significará um aumento da fatia desses papéis, que encerraram 2019 em 38,92%. No ano passado, as bandas para esses títulos eram de 38% a 42%.
Por outro lado, o órgão apresenta expectativa de menor volume de emissões de títulos prefixados e dos remunerados por índices de preços.
O PAF 2020 estipula que a participação de títulos prefixados no estoque da DPF encerre este ano entre 27% e 31%, intervalo mais baixo que o fixado no ano passado (29% a 33%). A fatia desses papéis encerrou 2019 em 30,97%.
Já para os títulos que seguem a variação da inflação, o PAF prevê uma parcela de 23% a 27% do estoque para 2020. No ano passado, a meta para esses papéis ia de 24% a 28% da DPF, e o registrado efetivamente no fim de 2019 foi 26,04%.
O plano anual estipula que os papéis atrelados ao câmbio devem ficar entre 3% e 7% do estoque, mesma fatia prevista em 2019, quando acabou ficando em 4,07%.
O PAF de 2020 também traz parâmetros para o porcentual de vencimentos da DPF em 12 meses, devendo chegar ao fim do ano entre 20% e 23% do estoque. No ano passado, o PAF estipulou um intervalo entre 17% e 20%, com o porcentual encerrando dezembro em 18,68%.
Para este ano, o prazo médio da DPF deve ficar entre 3,9 anos e 4,1 anos, mesmos limites do ano passado. Em 2019, o prazo médio da DPF ficou em 3,97 anos.
Por Eduardo Rodrigues e Idiana Tomazelli
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