Cinco ônibus foram incendiados por criminosos em oito dias, entre os dias 9 e 16, esta última quarta-feira, em Belo Horizonte e Região Metropolitana da capital. Em pelo menos um dos veículos queimados foi encontrado bilhete afirmando se tratar de ato determinado por detentos da penitenciária de segurança máxima Nelson Hungria, em Contagem, também na Grande Belo Horizonte. Não há registro de vítimas pela polícia. Parte do sistema de transporte público da cidade teve horários alterados na manhã desta quinta, 17.
No ônibus incendiado na noite passada, que fazia linha entre o município de Ribeirão das Neves e a capital, quatro pessoas colocaram fogo no veículo, estacionado no ponto final na cidade vizinha a Belo Horizonte, e fugiram a pé, segundo informações do Corpo de Bombeiros. O incêndio, contido pelos bombeiros, foi provocado por volta das 21h30 e chegou a atingir a rede elétrica da região. A Polícia Militar faz buscas na tentativa de encontrar os autores dos cinco incêndios.
O ônibus em que foi encontrado o bilhete com a suposta ordem de detentos da Nelson Hungria foi incendiado na terça-feira, 15, em Vespasiano, também na Grande Belo Horizonte. As outras ocorrências foram na quarta-feira, 9, na sexta, 11, e sábado, 12, todas na capital.
A Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) afirma que, até o momento, “há indícios de que a queima do coletivo nesta quarta-feira não tenha relação com o sistema prisional. Mas que “todos os episódios de queima de coletivos seguem em investigação”.
A BHTrans, operadora do transporte coletivo de Belo Horizonte, informou que, por conta de “mais um incêndio criminoso”, as empresas responsáveis pelos ônibus iniciaram as operações desta quinta mais tarde, às 6h, na estações Vilarinho e Venda Nova, ambas na Zona Norte da capital. O objetivo, segundo a BHTrans, foi o de dar mais segurança para motoristas e passageiros.
Por Leonardo Augusto, especial para o Estadão
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