A manhã de quinta-feira começa agitada nos mercados e é marcada por uma leve instabilidade do dólar nos mercados à vista e futuro, alternando pequenas altas e baixas. As atenções no mercado internacional estão voltadas ao Banco Central Europeu (BCE), que anunciou há pouco sua decisão de política monetária e que concede uma entrevista coletiva com sua presidente, Christine Lagarde. No Brasil, destaque na última hora para os números das vendas no varejo e para a inflação medida pelo IGP-M.
O BCE decidiu deixar sua política monetária inalterada, mas reiterou que continua disposto a ajustar “todos os seus instrumentos”, conforme for apropriado. As principais taxas de juros do BCE, a de refinanciamento e a de depósitos, permaneceram em 0% e -0,50%, respectivamente. Além disso, manteve o volume de seu Programa de Compras de Emergência na Pandemia (PEPP) em 1,35 trilhão de euros. O BCE também deixou inalterado o tamanho do Programa de Compras de Ativos (APP), em 120 bilhões de euros, a um ritmo mensal de 20 bilhões de euros. Segundo a instituição, as compras do APP serão realizadas “pelo tempo que for necessário”.
As vendas do comércio varejista subiram 5,2% em julho ante junho, na série com ajuste sazonal, informou há pouco o IBGE. O resultado veio dentro do intervalo das estimativas dos analistas ouvidos pelo Projeções Broadcast, que esperavam desde uma queda de 2,90% a uma alta de 22,40%, mas superou bastante a mediana, que era positiva em 0,90%. Na comparação com julho de 2019, sem ajuste sazonal, as vendas do varejo tiveram alta de 5,5% em julho de 2020. Nesse confronto, as projeções iam de uma queda de 2,80% a alta de 5,60%, com mediana positiva de 2,30%.
Às 9h51, o dólar à vista era negociado a R$ 5,2937, em baixa de 0,08%. No mercado futuro, a divisa para liquidação em outubro caía 0,24%, a R$ 5,29880. O Dollar Index (DXY), que mede a variação do dólar ante uma cesta de seis moedas fortes, tinha baixa de 0,48%.
Por Paula Dias
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