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Bolsa fecha com queda de 1,5% em sintonia com Nova York; dólar fica a R$ 5,29

(Foto: Shutterstock)

A Bolsa de Valores de São Paulo, a B3, fechou com queda de 1,17%, aos 100.721,36 pontos, mesmo com o mercado animado com a reforma administrativa e também com um dado positivo da produção industrial do País. Por aqui, as quedas vieram em sintonia com o mercado acionário de Nova York, cujos índices terminaram o dia com baixas perto da casa dos 5% após um movimento de correção das altas recentes. O mau humor, no entanto, não pesou no dólar, que hoje ampliou o movimento de desvalorização ante o real e encerrou com recuo de 1,15%, a R$ 5,2960.

A ‘onda vendedora’ que tomou conta das bolsas americanas desde o final da manhã pressionou a B3 ao longo do pregão e fez o índice virar sinal, após chegar a subir mais de 1% na abertura, em meio ao bom humor do mercado com a apresentação da proposta da reforma administrativa nesta quinta. Ainda que o projeto se limite apenas aos novos servidores, os agentes preferiram olhar para os efeitos no longo prazo e a sinalização positiva que o andamento dessa reforma pode trazer para as contas públicas.

Nem mesmo a alta da produção industrial do País, que subiu 8% em julho, perto do teto das estimativas, deu fôlego ao índice, que operou de olho no mercado acionário americano em toda a parte da tarde. Em Nova York, Dow Jones encerrou com queda de 2,78% e o S&P 500 caiu 3,51%. Por lá, a maior baixa foi a do índice de tecnologia Nasdaq, que teve um tombo de 4,96%, maior queda porcentual diária desde 11 de junho.

A deterioração em Wall Street foi atribuída a uma correção após as altas recentes, com S&P 500 e Nasdaq frequentemente batendo recordes de fechamento. Entre os investidores americanos, pesou o surgimento de dúvidas quanto à solidez dos indicativos de recuperação econômica dos EUA, principalmente após o Federal Reserve (Fed, o BC americano), apontar ontem no Livro Bege que a geração de vagas do mercado de trabalho do país voltou a recuar em vários Estados.

Esse sentimento acabou se sobrepondo ao clima positivo gerado no mercado brasileiro. Ainda hoje, o Goldman Sachs afirmou em relatório que espera que as próximas leituras de Índices de Gerentes de Compras (PMIs) do Brasil avancem a níveis expansionistas, amparadas pela extensão do auxílio emergencial e pelo relaxamento das medidas de distanciamento no País. No documento, o economista Alberto Ramos observa que o crescimento do PMI composto deve ser puxado, em termos relativos, por ganhos mais fortes dos serviços. O analista observa que o PMI do setor avançou a 49,5 pontos em agosto, “à beira de entrar no estágio expansionista” marcado pela linha dos 50 pontos.

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