A Bolsa de Valores de São Paulo, a B3, encerrou na mínima do dia e com forte queda de 2,72%, aos 99.369,15 pontos, nesta segunda-feira, 31, no último pregão de agosto. Apesar da sessão ter sido marcada pela cautela com o Orçamento de 2021, prevaleceu nos negócios o ajuste técnico característico do final do mês e que também afetou o dólar. Hoje, a divisa fechou com alta de 1,21%, a R$ 5,4806, em um dia negativo para boa parte das moedas emergentes.
O Orçamento de 2021 considera uma projeção de receita primária total R$ 1,560 trilhão, abaixo dos R$ 1,671 trilhão estimado na proposta de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) enviada ao Congresso em abril. A última avaliação bimestral de 2020 apontava receitas totais de R$ 1,456 trilhão para este ano.
As despesas totais devem chegar a R$ 1,516 trilhão no próximo ano, ante R$ 1,530 trilhão estimado em abril. Em 2020, com os gastos emergenciais para o enfrentamento da pandemia de covid-19, os gastos totais estão estimados em R$ 1,982 trilhão. Já o limite do teto de gastos foi fixado em R$ 1,485 trilhão.
Mais cedo, o Banco Central informou que as contas do setor público consolidado, que englobam o governo federal, os Estados, municípios e estatais, registraram rombo de R$ 81,071 bilhões em julho – e agora a dívida pública já chega a 86,5% do PIB. De acordo com a série histórica do BC, que teve início em dezembro de 2001, esse também foi o pior resultado para este mês, ou seja, foi o pior mês de julho em 19 anos.
Também nesta segunda, o governo federal propôs um salário mínimo de R$ 1.067 para 2021, segundo a proposta de Orçamento do ano que vem apresentada nesta segunda pela equipe econômica. O valor representa um aumento de R$ 22 em relação ao salário mínimo atual, de R$ 1.045.
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