Estudo preliminar do Universidade de Nevada investiga um caso de reinfecção de coronavírus em uma paciente de 25 anos, de Nevada, nos Estados Unidos. As primeiras análises da sequência de ácido nucleico descobriu que há um grau de discordância genética entre uma infecção e outra. A conclusão inicial é que é possível seres humanos serem infectados diversas vezes pelo sars-cov-2, mas ainda não é possível mensurar se isso pode acontecer com todas as pessoas.
A pesquisa, que contou com a participação de 14 cientistas, foi pré-publicada no The Lancet, uma das mais conceituadas revistas científicas sobre medicina. Cada estudo publicado nesse periódico passa por revisão antes de sair na publicação semanal. O estudo em questão ainda está sob revisão. Por isso ainda não deve ser usados para a tomada de decisões clínicas, por exemplo.
O estudo analisa a possibilidade de reinfecção do coronavírus em seres humanos a partir de testes feitos nessa paciente de 25 anos. Ela teve uma nova contaminação 48 dias após a primeira. Pelo Twitter, a professora Akiko Iwasaki, da Universidade de Yale, explicou a diferença deste caso para outro que aconteceu em Hong Hong, na semana passada.
“Desta vez, ao contrário do caso em Hong Kong, o sistema imunológico não protegeu essa pessoa de reinfecção ou doença. Durante a primeira infecção em abril, a paciente se recuperou após cerca de um mês isolada, com teste negativo para RNA viral em dois testes subsequentes”, informou.
Na sequência, Iwasaki explica que a segunda infecção foi mais grave do que a primeira. “A paciente estava bem até o final de maio, adoeceu e o teste foi positivo na segunda vez. Desta vez precisando de hospitalização e suporte de oxigênio”, escreveu.
O genoma viral do primeiro e segundo isolados diferiu significativamente, indicando que ocorreu uma reinfecção e não que o mesmo vírus permaneceu no corpo da paciente por todo esse período.
“O caso destaca a necessidade de um exame mais aprofundado referente a resultados da reinfecção por covid-19. À medida que mais e mais casos de reinfecção forem relatados, devemos ter uma ideia melhor de quão bem o sistema imunológico após a infecção natural protege contra doenças”, afirmou Iwasaki.
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